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 EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR)

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2 participantes
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Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR)   EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR) Icon_minitimeSex Out 25, 2013 6:48 pm

EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
A HA (hipertensão arterial) ameaça a vida do enfermo se não for tratada imediata e adequadamente. O quadro se caracteriza por cefaleia intensa, náusea, vômito e perturbações neurológicas que podem evoluir pra o coma e a morte. O valor da pressão diastólica, com maior e menores sintomas, varia de paciente para paciente. Em situações mais graves, a encefalopatia hipertensiva (EH) é uma síndrome clínica de etiologia desconhecida por uma resposta anormal da auto-regulação circulatória cerebral em decorrência da elevação súbita da PA (pressão arterial). A teoria mais aceita é a do espasmo arteriolar (vasoconstricção arteriolar, aumento da pressão intracapilar e edema cerebral). Esta grave patologia manifesta-se por cefaleia intensa (dor de cabeça), generalizada, de início súbito, náusea, vômito, graus variáveis de distúrbio de consciência, distúrbios visuais, perturbações neurológicas. A radiografia de crânio e o ecoencefalograma são normais. O EEG (eletroencefalograma) registra ondas difusas teta ou delta. A evolução para trombose cerebral leva a um abaixamento acentuado da PA agravando a doença, e é fator patognomônico (específico) na evolução para esta doença. Os sintomas no tumor cerebral ou no hematoma subdural não são súbitos (DD importante = diagnóstico diferencial). A EH exige tratamento imediato e adequado até obter ma pressão diastólica que deve situar-se entre 80 e 100mmHg. O paciente deve ser mantido no CTI para assegurar a contínua função vital.
Medicação anti-hipertensiva (por via parenteral - IV intravenosa ou IM intramuscular)
1. Diazóxido - anti-hipertenivo potente considerado de escolha na crise hipertensiva aguda. Atua diretamente na túnica média arteriolar levando redução da resistência vascular periférica (RVP) e vasodilatação periférica. É de uso IV, o efeito surge após 3 a 5 minutos e persiste por 3 a 8 horas (dose média 300mg ou 5,0mg/Kg). Se a pressão diastólica não baixar para 115mmHg, administrar 100 a 115mmHg nas 72 horas seguintes. Os efeitos colaterais podem ser dor e queimação por extravasamento no local da aplicação (solução alcalina), náusea e vômito (vasodilatação gástrica), hiperglicemia transitória (controle rigoroso em diabéticos), hipotensão postural, parada do trabalho de parto em 50% das gestantes. Sempre associar com furosemida 40 a 80mg IV para evitar a retenção de Na+;
2. Nitroprussiato de sódio - divide com o diazóxido a preferência terapêutica. Têm a vantagem de não aumentar a frequência e o débito cardíacos devido a vasodilatação pós-capilar e diminuição do retorno venoso. Se faz infusão IV contínua de 10 gotas por minuto de solução contendo 50 a 100mg%. O efeito é instantâneo. Cautela com pacientes com insuficiência coronária ou cerebral. Os efeitos colaterais podem ser náusea, vômito, tremor muscular, apreensão e sudorese;
3. Hidralazina - anti-hipertensivo potente indicado de preferência na crise hipertensiva da glomerulonefrite aguda e toxemia gravídica por sua ação no fluxo sanguíneo renal. Age na túnica média arteriolar diminui a resistência vascular periférica total (RVPT). Ao diminuir a RVPT provoca resposta reflexa simpática com aumento da frequência e débito cardíaco (mas, não agravaria a vasoconstricção arteriolar e resistência pós capilar?), maior força de contração do miocárdio (cautela em pacientes com doença isquêmica do coração). No uso IV, dissolver 40 a 100mg em 01 litro de soro glicosado e infundir 0,5mg por minuto e interromper quando a PA cair ou injetar 10 a 40mg IM. O uso simultâneo de RESERPINA atenua os efeitos colaterais como, taquicardia, cefaleia, rubor palpitações e vômitos;
4. Canforsulfonato trimetafan (Arfonad) - anti-hipertensivo potente considerado droga de escolha no tratamento de EH associada com edema agudo de pulmão (EAP). Uso IV.
5. Reserpina - é o mais utilizado no tratamento de EH. Sua ação é depleção dos depósitos de catecolaminas nas terminações nervosas pós-ganglionares. 2,5mg IM. Efeitos colaterais como sonolência, bradicardia, etc.

HÉLIA CANNIZZARO

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gustavoecf

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Data de inscrição : 24/10/2013

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MensagemAssunto: Re: EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR)   EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR) Icon_minitimeDom Out 27, 2013 3:06 pm

Professora Hélia, EH é mais comum em pacientes sem controle de HA?
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Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Re: EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR)   EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR) Icon_minitimeDom Out 27, 2013 4:05 pm

Exatamente, Gustavo Ferreira.
O grande problema como médicos diante de HA é que os sintomas variam de paciente para paciente tanto nas hipertensões como nas hipotensões. Por exemplo, dois indivíduos com PA de 18 x 12 mmHg podem cursar com sintomatologias distintas e um deles pode não ter sintoma algum. Este é exatamente o risco de desenvolver abruptamente uma EH ou uma complicação cardiovascular. Por outro lado, na Cardiologia e Medicina Interna os pacientes com HA merecem um controle "periódico" e "rigoroso" pois o uso de hipotensores "sem controle" (ir para casa com a mesma dose e só voltar daqui 1 ano) pode evoluir para hipotensão grave com diminuição do débito cardíaco, entre outros, e de suas consequências graves também.
Hélia Cannizzaro


gustavoecf escreveu:
Professora Hélia, EH é mais comum em pacientes sem controle de HA?
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MensagemAssunto: Re: EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR)   EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS (VISÃO PRELIMINAR) Icon_minitime

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