Síndrome de Dumping

Pessoal, devido ao aumento na frequência de cirúrgias bariáticas, é de vital importância prestarmos atenção às suas complicações, uma delas é a Síndrome de dumping. Após um breve comentário segue um link para acessar um artigo da disponibilizado pela scielo.

A síndrome de dumping ocorre, de certa forma, após praticamente todas as operações gástricas, podendo alcançar uma prevalência de 50% após gastrectomias parciais. É provavelmente a mais comum das síndromes pós-gastrectomias. Foi inicialmente descrita em 1913 por Hertz, que correlacionou os sintomas com o esvaziamento gástrico acelerado. O termo "dumping" foi introduzido por Mix, em 1922, quando reconheceu o rápido esvaziamento do conteúdo gástrico em seriografias de pacientes com estas condições. A perda da função de reservatório e o rápido esvaziamento do conteúdo hiperosmolar no intestino delgado são considerados fatores etiológicos importantes na fisiopatologia da síndrome, embora esta ainda não esteja bem determinada.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-69912009000500009&script=sci_arttext

Att,

Carlos Aschoff

É bariátrica.

Carlos Aschoff
Como falei anteriormente da amidalectomia ser do século passado, as gastrectomias são deste nosso século em que vivemos e que corre o risco de diminuir ou se extinguir sua aplicabilidade nos próximos tempos - como tudo em Medicina - lei natural da evolução. Tenho de perto, dentro da família dois casos clínicos, e conheço outros tantos casos, de complicação pós gastrectomia - como você bem trouxe de Dumping.
São pacientes com várias complicações, basta estudar profundamente a Fisiologia do estômago e perceber a consequência de suas perdas teciduais.
Diarreia, necessidade de reposições moleculares, baixa imunidade, etc., e o que se tem mais observado na atualidade - são mudanças comportamentais. Existe um jargão que "todo gordo é feliz". De repente, como no livro "Cabeças Trocadas" do alemão Thomas Mann - muda-se o fenótipo. O propósito inicial era este: ficar feliz como magro", mas na prática isso não ocorre. Tenho lido diversos artigos sobre o tema e fico mal impressionada com esta realidade. Extirpar parte de um órgão (que dependemos dele no conceito holos) não é a saída mais inteligente. Certamente.
Gastrectomias só para combater reais patologias.
Numa sociedade que não vem evoluindo satisfatoriamente em prol da superação de si mesmo, pelo contrário, o que importa MAIS é o fenótipo, o traje, a marca do carro, a moradia, e, claro, isso se traduz num mundo menos profundo, mais artificial/superficial. Num mundo mais artificial que obriga gastrectomias para que se molde ao "Fundo das Aparências" de Michel Maffesolli - há que se esperar desta sociedade menos carinhos e afagos verdadeiros (porque artificial), menos honestidade (porque a honestidade exige profundidade), mais concorrências desleais, menor tempo de contemplação, mais concreto, e menos Natureza e Estômago.
"Vai passar nesta avenida um samba popular" (Chico Buarque).
Hélia Cannizzaro

medicina133ufpe escreveu:

Pessoal, devido ao aumento na frequência de cirúrgias bariáticas, é de vital importância prestarmos atenção às suas complicações, uma delas é a Síndrome de dumping. Após um breve comentário segue um link para acessar um artigo da disponibilizado pela scielo.

A síndrome de dumping ocorre, de certa forma, após praticamente todas as operações gástricas, podendo alcançar uma prevalência de 50% após gastrectomias parciais. É provavelmente a mais comum das síndromes pós-gastrectomias. Foi inicialmente descrita em 1913 por Hertz, que correlacionou os sintomas com o esvaziamento gástrico acelerado. O termo "dumping" foi introduzido por Mix, em 1922, quando reconheceu o rápido esvaziamento do conteúdo gástrico em seriografias de pacientes com estas condições. A perda da função de reservatório e o rápido esvaziamento do conteúdo hiperosmolar no intestino delgado são considerados fatores etiológicos importantes na fisiopatologia da síndrome, embora esta ainda não esteja bem determinada.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-69912009000500009&script=sci_arttext

Att,

Carlos Aschoff