Dentes e Gengiva
A maior parte do tecido duro nos dentes é de dentina, um tecido calcificado derivado do mesênquima. A superfície externa da dentina é coberta pelo esmalte, um tecido mineralizado ainda mais duro e a única parte do dente derivada do ectoderma. A parte recoberta pelo esmalte é conhecida como coroa anatômica. O restante, chamado raiz anatômica, é coberto pelo cemento, o qual é um outro tecido conjuntivo (TC) calcificado derivado do mesênquima. Todos esses três tecidos duros se diferenciam do tecido ósseo pelo fato de serem avasculares, e o esmalte difere da dentina, do cemento e do tecido ósseo por não apresentar colágeno como seu principal constituinte orgânico. O dente contém uma cavidade pulpar (polpa) central que se estende para baixo através da raiz ou raízes como canal (is) radicular (es). A polpa é de TCF com vasos sanguíneos e fibras nervosas que entram pelo forame apical do canal radicular. Revestindo a cavidade pulpar está uma camada de odontoblastos, as células responsáveis pela produção da dentina. O dente é suportado em seu alvéolo por um ligamento periodontal, composto principalmente por fortes feixes de colágeno que atravessam o espaço entre o alvéolo ósseo (osso alveolar) e o cemento do dente. As cristas ósseas conhecidas como processos alveolares projetam-se do maxilar e da mandíbula e fornecem um forte suporte ósseo para os dentes. A região da mucosa gengival, que adere ao colo dos dentes, é denominada de gengiva propriamente dita. Seu epitélio plano estratificado queratinizado é fortemente pela LP ao periósteo subjacente do processo alveolar. O periodonto, centro frequente de periodontites, é formado pelo ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. Aprox. 90% do conteúdo orgânico da dentina são de colágeno do tipo I. A hidroxiapatita é responsável por aprox. 70% do peso líquido da matriz da dentina. Os ameloblastos são células com extremidade alongada, chamada processo de Tomes, que secreta a matriz orgânica do esmalte. Nenhum ameloblasto está presente para reparar o esmalte lesado na vida adulta, assim, o esmalte deteriorado ou quebrado precisa ser substituído por preenchimentos dentários artificiais.