Preliminar IAM (Infarto Agudo do Miocárdio)

Turma 135
Revejam as túnicas histológicas do coração. De imediato.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) ocorre por uma insuficiência coronária aguda, por obstruções, por diversas causas, das coronárias, que são vasos que nutrem o coração. Em 95% são devidos à aterosclerose coronária, ou seja o que falamos em sala de aula, espessamento da túnica íntima com diminuição da luz para passagem do sangue e depósito em excesso de colesterol na túnica média. Essa falta de nutrição do miocárdio, com síndrome de início abrupto leva à necrose em várias regiões do miocárdio e o tamanho (extensão) dessas necroses definem ser o quadro (o prognóstico) melhor ou pior. A oclusão coronária também pode ser devida à embolias (que também podem cursar com infarto pulmonar), sífilis (Treponema pallidum), colagenoses (doenças auto-imunes), etc. O IAM pode também ocorrer sem obstrução coronária, esses casos são observados em pacientes com grande aumento da pressão arterial (hipertensão arterial) precipitados em condições limítrofes de stress. O diagnóstico desta patologia (=doença) IAM, tão frequente, se faz pela anamnese (exame físico), ECG (eletrocardiograma) e laboratoriais. A maior mortalidade ocorre na fase inicial do IAM. Podem existir sintomas precedentes ao IAM propriamente dito chamados prodrômicos, que são uma dor no tórax (precordial) incaracterística, palpitações, tonturas, cansaço e falta de ar (=dispneia). A dor precordial é muito intensa, súbita e de duração superior a 30 minutos, não sendo aliviada por coronariodilatadores. De localização retroesternal podendo irradiar-se para todo o tórax, braços, pescoço, mandíbula e abdômen. Ao palpar o pulso do paciente ele não é cheio, é um pulso fino (que aprenderão detectar no futuro), sudorese fria, extremidades cianóticas (=arroxeadas). Na crise é mais frequente hipotensão arterial. Só como curiosidade, a ausculta cardíaca (com estetoscópio) revela bulhas normo ou hipofônicas. É comum o encontro de uma terceira bulha. Há um aumento discreto da temperatura do corpo. O ECG e a dosagem das enzimas intracelulares cardíacas aumentadas na corrente sanguínea, permitem com segurança o diagnóstico firmado de IAM. De forma preliminar, o impulso elétrico do coração transcorre em onda P, complexo QRS e onda T. No IAM, o ECG informa de imediato uma alteração no segmento RS-T com supradesnivelamento e convexo para cima nas derivações que exploram o músculo cardíaco cuja nutrição foi interrompida.
Hélia Cannizzaro

Professora, existem artérias mais "predispostas" à ocorrência de aterosclerose? Um determinado tipo ou uma região do corpo onde seja mais comum, mais fácil de ocorrer acúmulo dessas placas?

Professora, a Senhora poderia conceituar bulha?

Consegui achar a resposta já As bulhas cardíacas são os sons que ocorrem após os fechamentos das válvulas que constituem as valvas cardíacas. As vibrações são propagadas às paredes do tórax e podem ser ouvidas com o auxílio do estetoscópio. Primeira bulha ocorre após os fechamentos das valvas tricúspide e mitral. A segunda, após os fechamentos das valvas pulmonar e aórtica. A terceira, possui som fraco e ocorre no terço médio da diástole. A quarta é chamada de bulha atrial e ocorre quando os átrios se contraem.

Também achei isso. Mas, me parece que a terceira e quarta são anormais, Priscila, em caso de alguma anormalidade no funcionamento, incluindo fluxo turbulento, diminuição da expansibilidade do ventrículo, etc. Pelo que eu li, o comum seria ouvir apenas as duas primeiras bulhas.

Professora, se não me engano, a angioplastia pode ser adotada como um tratamento para desobstrução das artérias,nos casos mais graves de infarto,mesmo depois desse tipo mais invasivo de tratamento, muitos pacientes precisam continuar com o uso de medicamentos, seria pelo fato de uma maior predisposição a outro infarto,ou isso pode ser evitado também por mudanças no estilo de vida? Não sei se fui muito clara, mas recapitulando, o que eu  queria saber é se o paciente que teve o primeiro quadro de IAM,mesmo com tratamento adequado, está mais predisposto a ter outro ataque , talvez por uma maior fragilização das artérias,não sei...?

Professora, a senhora poderia explicar como o uso de drogas ilícitas pode, também, levar o indivíduo a sofrer IAM?

Muito bom o texto professora, gostei muito. Achei interessante a parte de diagnóstico, especificamente a parte de exames laboratoriais. Algumas horas após o início dos sintomas de IAM há uma elevação nos níveis de TGO (Transaminase glutâmico oxaloacética), TGP (Transaminase glutâmica-pirúvica) e CK-MB (uma isoenzima da creatina fosfoquinase) na qual indica uma necrose das células miocárdicas. Há também outra substâncias que são usadas para o diagnóstico do IAM, como a Troponina que é mais usada quando o paciente é portador de doenças que diminuem a especificidade das enzimas CK-MB, e a Mioglobina, que elevações dos seus níveis não necessariamente indique um IAM, mas resultados normais excluem esse diagnóstico.
Há uma outra curiosidade que possuo, um parente meu estava tendo muitas crises de angina, e após um cateterismo foi identificado uma variação em uma de suas coronárias (me esqueci agora qual exatamente, mas na sua próxima aula levo a resposta), onde, quando a frequência cardíaca dela aumentava muito existia uma compressão desta pelo miocárdio e consequente isquemia. Queria saber se ela seria uma pessoa que possua uma maior probabilidade de apresentar IAM? Muito obrigado desde já.

Charles Albuquerque
Não há uma padronização segura a este respeito.
Quando venoso (sobre trombo) - mais afeto aos MMIIs (membros inferiores).
Aterosclerose refere-se a vasos de grande calibre, e aí, não há como afirmar que a aterosclerose é mais frequente
na artéria hepática do que na artéria renal, etc - em todos os pacientes. Pacientes com LDL alta (low density lipoprotein = colesterol),
VLDL alta (very low density lipoprotein = triglicerídeos), quilomicrons altos (TG e colesterol) e HDL (high density
lipoprotein = proteínas = "colesterol bom no jargão popular") fazem um quadro mórbido generalizado.
Hélia Cannizzaro

charlesalbuquerque escreveu:

Professora, existem artérias mais "predispostas" à ocorrência de aterosclerose? Um determinado tipo ou uma região do corpo onde seja mais comum, mais fácil de ocorrer acúmulo dessas placas?

Priscila Meira
As bulhas, como os sopros e os estalidos são eventos acústicos, no coração, que vocês aprenderão
ao auscultar um paciente com estetoscópio.
Existem quatro bulhas. A Primeira bulha é o som de vibração dos folhetos mitral e tricúspide após seu fechamento,
resultantes da mobilização no sangue no interior dos ventrículos. A Segunda bulha, o fechamento das valvas aórticas
e pulmonares como sua causa essencial. A Terceira bulha, foi atribuída a vibrações provocadas pelo fluxo sanguíneo
que entra no ventrículo, na fase inicial da diástole (é rara em adultos). A Quarta bulha é pré-sistólica (contração atrial).
O que tratei neste texto falando sobre BULHA no IAM, você poderia fazer alguma inferência?
No aguardo,
Hélia Cannizzaro

Priscila Meira escreveu:

Professora, a Senhora poderia conceituar bulha?

Charles está no caminho certo.

charlesalbuquerque escreveu:

Também achei isso. Mas, me parece que a terceira e quarta são anormais, Priscila, em caso de alguma anormalidade no funcionamento, incluindo fluxo turbulento, diminuição da expansibilidade do ventrículo, etc. Pelo que eu li, o comum seria ouvir apenas as duas primeiras bulhas.

Jessica Xavier
nas próximas postagens que farei vou me recordar de você, para tratar, de forma preliminar, da terapêutica
e acompanhamento dos pacientes com IAM, que os Cardiologistas conseguem, inclusive, a mudança de
hábito do paciente com melhor qualidade de vida.
Achei interessante seu conceito livre: "fragilização das artérias".
Até lá.
Hélia Cannizzaro

jessica.xavier escreveu:

Professora, se não me engano, a angioplastia pode ser adotada como um tratamento para desobstrução das artérias,nos casos mais graves de infarto,mesmo depois desse tipo mais invasivo de tratamento, muitos pacientes precisam continuar com o uso de medicamentos, seria pelo fato de uma maior predisposição a outro infarto,ou isso pode ser evitado também por mudanças no estilo de vida? Não sei se fui muito clara, mas recapitulando, o que eu  queria saber é se o paciente que teve o primeiro quadro de IAM,mesmo com tratamento adequado, está mais predisposto a ter outro ataque , talvez por uma maior fragilização das artérias,não sei...?

Patrícia Trindade
Você estará agora responsável para pesquisar sobre cocaína X cardiovascular. Me faça este favor.
Lembrando, que a cocaína faz inotropismo cardíaco, taquicardia, etc.
Pesquise seriamente esta matéria, nos remetendo ao uso abusivo de drogas na atualidade do homem.
Hélia Cannizzaro

Patrícia Trindade escreveu:

Professora, a senhora poderia explicar como o uso de drogas ilícitas pode, também, levar o indivíduo a sofrer IAM?

Fábio Rodrigues
Muito bom você ter gostado do texto.
Sobre seu parente, me faça um favor. Solicite-o, gentilmente, os exames que ele fez (sangue, Eco, etc.) e me
envie pelo meu e-mail privado ou pelo fórum (se ele autorizar).
A Ética Médica Fábio é chamada de Deontologia. Não esqueça de consultá-lo antes de qualquer ação nossa.
Receba um abraço,
Hélia Cannizzaro

Fábio Rodrigues escreveu:

Muito bom o texto professora, gostei muito. Achei interessante a parte de diagnóstico, especificamente a parte de exames laboratoriais. Algumas horas após o início dos sintomas de IAM há uma elevação nos níveis de TGO (Transaminase glutâmico oxaloacética), TGP (Transaminase glutâmica-pirúvica) e CK-MB (uma isoenzima da creatina fosfoquinase) na qual indica uma necrose das células miocárdicas. Há também outra substâncias que são usadas para o diagnóstico do IAM, como a Troponina que é mais usada quando o paciente é portador de doenças que diminuem a especificidade das enzimas CK-MB, e a Mioglobina, que elevações dos seus níveis não necessariamente indique um IAM, mas resultados normais excluem esse diagnóstico.
Há uma outra curiosidade que possuo, um parente meu estava tendo muitas crises de angina, e após um cateterismo foi identificado uma variação em uma de suas coronárias (me esqueci agora qual exatamente, mas na sua próxima aula levo a resposta), onde, quando a frequência cardíaca dela aumentava muito existia uma compressão desta pelo miocárdio e consequente isquemia. Queria saber se ela seria uma pessoa que possua uma maior probabilidade de apresentar IAM? Muito obrigado desde já.

"A dor precordial é muito intensa, súbita e de duração superior a 30 minutos, não sendo aliviada por coronariodilatadores". Com relação a essa frase do texto eu queria saber, professora, se existe algum medicamento ou algum procedimento que se faça para pelo menos aliviar essa dor oriunda do IAM?

Professora, gostaria de saber mais sobre a relação da sífilis e o infarto agudo do miocárdio.

Professora, pesquisei sobre a influência da cocaína sobre o sistema cardiovascular. Essa droga interfere na neurotransmissão de catecolaminas, sendo assim, provoca alteração no SNA Simpático. A cocaína bloqueia a retirada de noradrenalina dos terminais pré-sinápticos, esse neurotransmissor fica em excesso, estimulando o receptor, o que acarreta um aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão arterial, podendo prejudicar vasos sanguíneos e as válvulas do coração, e o aumento da contratilidade do coração se deve à estimulação de receptores alfa e beta-adrenérgicos, aumentando a entrada de cálcio nas células.
A produção endotelial e leucocitária de citocina também é aumentada na presença de cocaína, o que pode levar à formação aterosclerótica, uma vez que a citocina estimula os monócitos a atravessarem o endotélio por diapedese, tais células se diferenciam em magrófagos e fagocitam a lipoproteína de baixa densidade (LDL) que atravessou o tecido e foi oxidada, tornando-se corpos espumosos. Com a morte dessas células, forma-se a placa aterosclerótica.
O vasoespasmo também é uma consequência do uso dessa droga: as artérias coronarianas sofrem vasodilatação, seguida de vasoconstrição, causando disfunção miocárdica e lesão e alteração na estrutura do endotélio (isso também contribui para a formação de placa aterosclerótica, uma vez que o tecido torna-se mais permeável a LDL). A cocaína também altera a quantidade de plaquetas na circulação, provocando, portanto, elevação na viscosidade do fluido, bem como o risco de agregação plaquetária (para reparar as lesões do endotélio) e formação de trombos, dificultando o fluxo sanguíneo.
Portanto, é possível observar que o uso abusivo de drogas como a cocaína, associado a uma má-alimentação humana, com dietas mais ricas em gordura, gera um alto risco de o indivíduo ter um infarto agudo do miocárdio.

Hélia Cannizzaro escreveu:

Patrícia Trindade
Você estará agora responsável para pesquisar sobre cocaína X cardiovascular. Me faça este favor.
Lembrando, que a cocaína faz inotropismo cardíaco, taquicardia, etc.
Pesquise seriamente esta matéria, nos remetendo ao uso abusivo de drogas na atualidade do homem.
Hélia Cannizzaro

Patrícia Trindade escreveu:

Professora, a senhora poderia explicar como o uso de drogas ilícitas pode, também, levar o indivíduo a sofrer IAM?

Patrícia Trindade
Ótimo texto. É lamentável o uso de drogas.
Hélia Cannizzaro

Patrícia Trindade escreveu:

Professora, pesquisei sobre a influência da cocaína sobre o sistema cardiovascular. Essa droga interfere na neurotransmissão de catecolaminas, sendo assim, provoca alteração no SNA Simpático. A cocaína bloqueia a retirada de noradrenalina dos terminais pré-sinápticos, esse neurotransmissor fica em excesso, estimulando o receptor, o que acarreta um aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão arterial, podendo prejudicar vasos sanguíneos e as válvulas do coração, e o aumento da contratilidade do coração se deve à estimulação de receptores alfa e beta-adrenérgicos, aumentando a entrada de cálcio nas células.
A produção endotelial e leucocitária de citocina também é aumentada na presença de cocaína, o que pode levar à formação aterosclerótica, uma vez que a citocina estimula os monócitos a atravessarem o endotélio por diapedese, tais células se diferenciam em magrófagos e fagocitam a lipoproteína de baixa densidade (LDL) que atravessou o tecido e foi oxidada, tornando-se corpos espumosos. Com a morte dessas células, forma-se a placa aterosclerótica.
O vasoespasmo também é uma consequência do uso dessa droga: as artérias coronarianas sofrem vasodilatação, seguida de vasoconstrição, causando disfunção miocárdica e lesão e alteração na estrutura do endotélio (isso também contribui para a formação de placa aterosclerótica, uma vez que o tecido torna-se mais permeável a LDL). A cocaína também altera a quantidade de plaquetas na circulação, provocando, portanto, elevação na viscosidade do fluido, bem como o risco de agregação plaquetária (para reparar as lesões do endotélio) e formação de trombos, dificultando o fluxo sanguíneo.
Portanto, é possível observar que o uso abusivo de drogas como a cocaína, associado a uma má-alimentação humana, com dietas mais ricas em gordura, gera um alto risco de o indivíduo ter um infarto agudo do miocárdio.

Hélia Cannizzaro escreveu:

Patrícia Trindade
Você estará agora responsável para pesquisar sobre cocaína X cardiovascular. Me faça este favor.
Lembrando, que a cocaína faz inotropismo cardíaco, taquicardia, etc.
Pesquise seriamente esta matéria, nos remetendo ao uso abusivo de drogas na atualidade do homem.
Hélia Cannizzaro

Patrícia Trindade escreveu:

Professora, a senhora poderia explicar como o uso de drogas ilícitas pode, também, levar o indivíduo a sofrer IAM?

Pesquisando alguns artigos sobre o IAM, pude observar alguns dados que comprovam a imensa quantidade de casos que levam a óbito no Brasil. Achei interessante que foram criadas algumas diretrizes para normatizar o tratamento do infarto agudo do miocárdio especialmente para os cardiologistas brasileiros, com o intuito de obter melhores resultados seja reduzindo a mortalidade ou, seja reduzindo o tamanho da necrose miocárdica. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publica, desde 1995, suas diretrizes de tratamento do infarto agudo do miocárdio. Segue o link da terceira realizada em 2004: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2004002200001&script=sci_arttext&tlng=en�Ü

Professora Hélia, sobre o fato de as bulhas serem hipofônicas no evento do IAM eu acredito que seja em consequêcia da hipotensão arterial diretamente relacionada a "má alimentação" do tecido cardíaco devida a isquemia.

Livia Nascimento
Por favor, faça um abstract desse link para a Turma 135 e para mim.
Meu tempo está muito escasso.
Fico aguardando,
Hélia Cannizzaro

livia.nascimento escreveu:

Pesquisando alguns artigos sobre o IAM, pude observar alguns dados que comprovam a imensa quantidade de casos que levam a óbito no Brasil. Achei interessante que foram criadas algumas diretrizes para normatizar o tratamento do infarto agudo do miocárdio especialmente para os cardiologistas brasileiros, com o intuito de obter melhores resultados seja  reduzindo a mortalidade ou, seja reduzindo o tamanho da necrose miocárdica. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publica, desde 1995, suas diretrizes de tratamento do infarto agudo do miocárdio. Segue o link da terceira realizada em 2004: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2004002200001&script=sci_arttext&tlng=en�Ü

Exatamente, Priscila Meira.
Mas, e os pacientes hipertensos com IAM? Também, têm hipofonia?
Hélia Cannizzaro

Priscila Meira escreveu:

Professora Hélia, sobre o fato de as bulhas serem hipofônicas no evento do IAM eu acredito que seja em consequêcia da hipotensão arterial diretamente relacionada a "má alimentação" do tecido cardíaco devida a isquemia.

IAM e dieta saudável para o coração.
Nas últimas décadas tornou-se clara a influência da alimentação no risco de desenvolvermos doenças cardiovasculares.A mídia, ao lado de inúmeras autoridades médicas, abraçou a defesa de uma dieta saudável como elemento chave na prevenção do infarto do miocárdio e do acidente vascular cerebral. Mas quais as características dessa dieta saudável? Há verdades e mitos amplamente divulgados a esse respeito. Desde a década de 1970 enfatizou-se o combate à ingestão de gorduras. Contudo, as evidências científicas apontam ser mais importante a variedade de gordura ingerida do que a sua quantidade total. As chamadas gorduras saturadas, presentes em produtos de origem animal - tais como laticínios e carnes vermelhas - determinam de fato a elevação do colesterol sanguíneo e um maior risco de doenças cardíacas. Portanto, tais gorduras não devem constituir mais do que 7% do total de calorias da dieta. Outro tipo de gordura , conhecido como gordura trans, é ainda mais danoso à saúde. Cada 2% de aumento na ingestão de gorduras trans duplica o risco de infarto do miocárdio.As gorduras trans estão presentes em alimentos industrializados crocantes , tais como batatas fritas, pizzas, brownies , donuts , dentre outros. Pela magnitude dos danos que trazem à saúde, as gorduras trans devem idealmente ser banidas da nossa dieta.

Professora, nem toda dor no peito é angina ou infarto, nem todo infarto é precedido de angina, nem toda angina acaba em infarto do miocárdio, num é isso? E ainda existe infarto que não doe. Neste caso a única forma de detectar é através do eletrocardiograma?

A angina do peito estável se diferencia do infarto por algumas das características, por exemplo:
-Duração da dor - geralmente é de mais curta duração, se durar mais do que 15 minutos provavelmente se trata de infarto.
-A dor surge com o esforço e passa com a parada, com o repouso.
-As manifestações paralelas não costumam ser tão intensas como no infarto.
-A dor ou opressão retroesternal passa com o uso de comprimidos sublinguais de nitro derivados. Se a dor não ceder provavelmente se trata de um infarto.