Além de uma única Anemia Hemolítica

Professora Hélia e colegas, achei muito interessante quando foi citado ao final do texto que pratica excessiva de exercício físico pode desencadear hemólise e acabei descobrindo coisas bem legais.
    Existe um tipo de hemólise chamada HEMÓLISE ESPORTIVA ou também HEMÓLISE POR TRAUMA. Esse tipo de hemólise ocorre quando as células sanguíneas circulantes se rompem devido a impactos. Trata-se de uma hemólise intravascular (dentro dos vasos). Esta hemólise intravascular ocorre em esportes como corrida, ginástica aeróbia, lutas, levantamento de pesos e até mesmo na natação. Segue um texto que li, explicando maiores detalhes:
   
    A hemólise esportiva é normalmente suave. Ela diminui, porém raramente esgota a haptaglobina sanguínea. A haptaglobina é uma proteína que se liga à hemoglobina formando um complexo que evita a perda de ferro através da urina. O ferro liberado das células vermelhas hemolisadas é reciclado e novamente ligado à hemoglobina recém formada. Dessa maneira a anemia dificilmente se instala. Por outro lado, pesquisas feitas com ciclistas demonstraram que a hemólise que ocorre em função dos exercícios é benéfica para o organismo, pois remove as células vermelhas mais velhas e rígidas e estimula uma síntese compensatória de novas células vermelhas, que são mais deformáveis e passam pela microcirculação. 

O diagnóstico da hemólise esportiva está na dependência de três fatores: 1) aumento no tamanho das células vermelhas que se manifesta em um maior número de células jovens; 2) aumento no número de reticulócitos (células jovens) e 3) baixo nível de haptaglobina. O exame microscópico é normal e raramente aparecem células vermelhas deformadas. O aparecimento de hemoglobina na urina é raro. 
A prevenção da hemólise por impacto determina que se evite da seguinte maneira: 1) use sapatos de corrida acolchoados; 2) perca peso; 3) pise leve; 4) corra em superfícies macias (como grama). Não está clara a maneira de prevenir a hemólise em outros esportes. 



Att, Romão Sampaio Monteiro Sobrinho
    

Professora Helia,

A malária provoca anemia devido à invasão dos eritrócitos pelos plasmódios, que multiplicam-se por esquizogonia, lisam a célula e destinam-se a infectar outras hemácias.
Uma novidade foi que, mesmo após redução da parasitemia, ficou constatado que a anemia persistia. Isso ocorre porque o próprio sistema imune do infectado ataca as próprias células vermelhas, previamente sensibilizadas, através da produção de autoanticorpos.

Nesse caso, é possível tratar a anemia independentemente ou ela tende a ceder com o tratamento da malária?

Eduardo Caminha Nunes

Marina de Andrada Carvalho
O início do parágrafo francamente não entendi, retorne sendo mais clara.
Rompimento de qualquer víscera com extravasamento abdominal é cirurgia de urgência.
Neste caso, rompimento do baço, esplenectomia.
Se não, evolução para peritonite e choque séptico.
Fico no aguardo,
Hélia Cannizzaro

marina.carvalho escreveu:

Professora e colegas de turma, surgiram-me algumas dúvidas a respeito desse assunto:
Essa anemia é acarretada por uma hemólise imune de hemácias.. Mas,no caso, o indivíduo chega a apresentar o quadro somente quando a setor eritroblástico da medula óssea não apresente hiperplasia compensatória suficiente ou tem outro caso que essa hemólise pode ser desencadeada?? E o qual a causa que faz com que essa hiperplasia compensatória não seja suficiente??


Além disso... Se um indivíduo sofre um acidente de carro e pelo impacto ocasionou o rompimento do baço e será necessária sua retirada, como se deve proceder clinicamente em um paciente que já tenha desenvolvido a anemia hemolítica auto-imune?? 


Att: Marina de Andrada Carvalho.

Eduardo Nunes
Achei muito interessante sua abordagem:
"previamente sensibilizadas, através da produção de autoanticorpos".
Ou seja uma doença que não se inicia por processo autoimune (Plasmodium), mas
o repertório de linfócitos T memorizaram e se tornam sensibilizados.
Muito bom.
Hélia Cannizzaro

[/i]

eduardo.caminha escreveu:

Professora Helia,

A malária provoca anemia devido à invasão dos eritrócitos pelos plasmódios, que multiplicam-se por esquizogonia, lisam a célula e destinam-se a infectar outras hemácias.
Uma novidade foi que, mesmo após redução da parasitemia, ficou constatado que a anemia persistia. Isso ocorre porque o próprio sistema imune do infectado ataca as próprias células vermelhas, previamente sensibilizadas, através da produção de autoanticorpos.

Nesse caso, é possível tratar a anemia independentemente ou ela tende a ceder com o tratamento da malária?

Eduardo Caminha Nunes

Professora Hélia,

No caso de hemólise por transfusões sanguíneas, ela ocorre devido à incompatibilidade sanguínea, ou seja, o tipo sanguíneo do doador e do receptor não é o mesmo ou não são compatíveis. O interessante foi descobrir na minha pesquisa que há uma diferença clara nas reações pós transfusionais quando o antígeno está na hemácia do doador ou do receptor. Nas reações mais severas, o antígeno está na hemácia do doador e o anticorpo no plasma do receptor; geralmente reações menos severas ocorrem quando o anticorpo do plasma do doador reage com o antígeno das hemácias do receptor. Achei esse ponto bastante interessante, mas não consegui encontrar uma justificativa. Pensei que poderia se justificar pelo o mesmo ataque de defesa que ocorre em uma no organismo contra à entrada de qualquer antígeno, sendo uma defesa mais intensa do que quando o antígeno já está no organismo. Não sei se meu raciocínio estaria correto...

Essas reações transfusionais hemolíticas são usualmente manifestadas por queimação ao longo do curso da veia usada para infusão, uma sensação de constrição do tórax, tosse, hemoglobinemia e hemoglobinúria. Durante uma infusão sanguínea, deve-se ter total atenção ao paciente e diante de quaisquer sintomas deve-se suspender a terapia.

Fabiana Moura