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 Aula Teórica - Sistema Respiratório

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5 participantes
AutorMensagem
Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeTer Abr 22, 2014 11:52 pm

Sistema respiratório
O aparelho respiratório apresenta epitélios pseudoestratificado cilíndrico ciliado (EPECC) e simples. Exceto, nas cordas vocais verdadeiras com epitélio estratificado. O EPECC é também chamado de epitélio respiratório. A altura do epitélio reduz progressivamente até chegar nos alvéolos. RECORDAR: todo epitélio repousa num TC.
Este sistema (que é uma cavidade oca) tem uma porção condutora constituída pelas cavidades nasais, nasofaringe, laringe, traqueia e brônquios, e uma porção respiratória (bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos) e uma camada de revestimento pulmonar externo, a pleura visceral. As cavidades nasais bilaterais abrem-se anteriormente nas narinas e posteriormente para dentro da nasofaringe nas coanas. Seu teto, assoalho e paredes são fortes porque elas são suportadas por tecido ósseo e cartilagem. A epiderme que apresenta espessos pelos filtradores reveste a região anterior de cada cavidade. Posteriormente uma zona de transição revestida pelo epitélio plano estratificado não queratinizado, a membrana de revestimento torna-se um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. Abaixo do epitélio, uma lâmina própria (LP) suprida com glândulas serosas e mucosas firmemente ligadas ao periósteo dos ossos nasais ou ao pericôndrio das cartilagens nasais. Cada cavidade nasal tem em seu teto uma área olfatória que representa metade do órgão olfatório. Estas áreas sensoriais características da mucosa nasal estendem-se lateralmente por sobre as conchas superiores e medialmente ao longo da borda superior do septo nasal. Seu epitélio pseudo-estratificado, mais espesso, é formado por células receptoras olfatórias, células de sustentação (sustentaculares) e células basais, mas não apresenta células caliciformes.
A maior parte da nasofaringe é revestida por um epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. A tonsila faríngea encontra-se na LP do teto e parede posterior desta parte da faringe.
O forte arcabouço de sustentação das paredes laríngeas é formado por várias cartilagens interconectadas por ligamentos e músculos voluntários. Pregas vestibulares bilaterais da membrana mucosa projetam-se medialmente para o lúmen. Abaixo dessas pregas protetoras superiores encontra-se o par de pregas vocais responsáveis pela fonação. As cordas vocais são cobertas por um epitélio plano estratificado não queratinizado, enquanto a maior parte da laringe é revestida por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes e tem glândulas serosas e mucosas em sua LP. Os cílios da laringe batem em direção à faringe. A epiglote é uma extensão de forma semelhante a uma asa, direcionada para cima, da parede anterior da laringe. Ela é sustentada por uma placa de cartilagem elástica cujo pericôndrio fibroso está ligado à LP da mucosa de revestimento em suas duas superfícies.
A traqueia é um tubo aéreo flexível e se bifurca em dois brônquios extrapulmonares (primários). Tem mais ou menos 20 cartilagens traqueais. São cartilagens hialinas incompletas posteriormente, onde a traqueia se encosta no esôfago. O espaço entre as extremidades posteriores de cada anel incompleto é ligado por feixes entrelaçados de músculo liso denominado como músculo traqueal juntamente com tecido conjuntivo fibroelástico. O epitélio é pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes, também conhecido como epitélio respiratório. Células neuroendócrinas (células de Kulchitsky) estão espalhadas por todo este epitélio. O epitélio repousa na LP elástica, em seguida músculo liso, ainda evoluindo para a periferia a presença da cartilagem hialina e finalmente a adventícia (tecido conjuntivo).
Cada brônquio principal (primário) estende-se da extremidade inferior da traqueia até o hilo de um pulmão. Os brônquios extrapulmonares realizam as mesmas funções que a traqueia e se assemelham em estrutura histológica. A estrutura da parede dos brônquios intrapulmonares tem as placas de cartilagem mais irregulares (ilhas separadas de cartilagem hialina). Seu epitélio é mais baixo, cilíndrico simples ciliado, abaixo uma LP fibroelástica onde contém glândulas seromucosas e folículos linfoides. Indo no sentido periferia, músculo liso, cartilagem hialina e adventícia.
Os bronquíolos não possuem cartilagem hialina, nem nódulos linfáticos e glândulas e apresentam musculatura lisa mais desenvolvida do que a dos brônquios. O epitélio se torna cúbico simples e começam a dar lugar a células não ciliadas. Os bronquíolos terminais, ao lado dos brônquios, não fazem parte da porção respiratória.
Porção respiratória –
Distalmente na árvore brônquica, os bronquíolos respiratórios (o único tipo com alvéolos em suas paredes) se abrem em duas a nove ordens de vias tubulares menos discerníveis, conhecidas como ductos alveolares. Têm epitélio cúbico simples não ciliado, abaixo LP (tecido conjuntivo frouxo, como toda LP) e abaixo ocasionais células musculares lisas. Os ductos desembocam nos sacos alveolares contendo os alvéolos.
Os alvéolos representam a unidade estrutural e funcional básica das trocas gasosas (do latim alveolus, pequeno espaço oco). Os septos interalveolares são supridos com abundantes capilares. Seu epitélio (dos alvéolos e capilares) é plano simples e essas células são chamadas de pneumócitos do tipo I. Abaixo uma membrana (ou lâmina) basal. A barreira alvéolo-capilar com espessura total de 0,2 a 2,5µm é constituída pelo epitélio plano simples do alvéolo, L. basal do alvéolo, L. basal do capilar e endotélio do capilar. O centro do sanduiche são as lâminas basais. Espalhadas por entre os pneumócitos tipo I estão células epiteliais secretoras arredondadas chamadas pneumócitos do tipo II que contém material lamelar elétron-denso rico em fosfolipídeos (corpos lamelares). Além dos pneumócitos do tipo I e do tipo II é possível achar ocasionais fibroblastos intersticiais e macrófagos nos septos interalveolares. A pleura visceral desliza sobre a pleura parietal através de um líquido, os aspectos característicos é uma serosa simples pavimentosa com subserosa fibroelástica.
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Helysânia Shádylla




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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeQui Abr 24, 2014 2:32 am

Lendo sobre esse tema no livro de histologia achei bem interessante essa parte:

O aparelho respiratório tem uma superfície muito grande e que está exposta a microrganismos do meio externo e também trazidos pelo sangue. Sendo assim, o mesmo está sujeito à invasão por agentes infectantes e irritantes introduzidos com o ar expirado, por isso ele apresenta um sistema de defesa muito elaborado.
Partículas com mais de 10um são retidas nas fossas nasais e de 2 a 10um são retidas pelo epitélio pseudo-estratificado ciliado recoberto de muco.
O reflexo da tosse promove a eliminação com a expectoração.
As partículas ainda menores são removidas pelos macrófagos alveolares.
Também, processos imunitários atuam no tecido linfático, que é muito abundante na árvore brônquica, principalmente nos nódulos linfáticos aí situados, que contém linfócitos T e B, os quais interagem com os macrófagos do pulmão. Esse componente importante do sistema imunitário é denominado BALT (Bronchus-Associated Lymphatic Tissue).
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Marcelo Marafante Neto




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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeQui Abr 24, 2014 1:05 pm

O cigarro é o grande inimigo desse EPECC atualmente. Estudos mostram que a fumaça, que contém inúmeros componentes nocivos ao organismo, liberada pela combustão do cigarro prejudica diretamente o epitélio do sistema respiratório. Um bom exemplo é a diminuição no transporte mucociliar, agravado pela diminuição do batimento ciliar e aumento da produção do muco pela metaplasia do local, através do aumento do número e tamanho das células caliciformes.
Isso se deve tanto a exposição ativa ou passiva à fumaça do cigarro. A médio prazo, a consequência mais provável a esse contato é a Rinossinusite Crônica (RSC). E a longo prazo, a indução à apoptose das células do epitélio respiratório.
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tayanne

tayanne


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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeQui Abr 24, 2014 4:00 pm

Professora, pensando nos danos causados pelo cigarro ( como Marafante falou), um ex fumante tem seu EPECC regenerado e normalizado, ou esses danos serão irreversíveis?
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeQui Abr 24, 2014 10:08 pm

Tayanne e Marcelo
A metaplasia transforma um EPECC (respiratório) em estratificado. As secreções e sinalizações são prejudicadas frente a um epitélio mais alto.
Dependendo do período de uso do cigarro, a lesão é irreversível.


tayanne escreveu:
Professora, pensando nos danos causados pelo cigarro ( como Marafante falou), um ex fumante tem seu EPECC regenerado e normalizado, ou esses danos serão irreversíveis?
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Flávio Medeiros




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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeDom Abr 27, 2014 4:07 pm

Após leituras sobre o Sistema Respiratório, deu-me vontade de comentar aqui sobre uma substância primordial no funcionamento da respiração: O Surfactante Pulmonar.
O líquido surfactante, também chamado de surfactante pulmonar, consiste em uma hipofase aquosa e proteica, coberta por uma camada monomolecular de fosfolipídios, composta especialmente por dipalmitoil fosfatidilcolina e fosfatidilglicerol, além de colesterol (lipídios neutros) e traços de outras substâncias, localizados na camada extracelular dos alvéolos. É sintetizado no retículo endoplasmático (RE) e complexo de Golgi dos pneumócitos tipo II e armazenado nos corpos lamelares. Secretado continuamente por exocitose.
Sua função é aumentar a complacência pulmonar e, consequentemente, diminuir o esforço respiratório ao diminuir a tensão superficial entre o ar dos alvéolos e o líquido presente na cavidade alveolar. O surfactante também evita a atelectasia (colapso do parênquima pulmonar) no fim da expiração.
Quando os pulmões não possuem surfactante, como ocorre na SARA (Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto), grandes pressões são necessárias para insuflarem-nos completamente. Assim, o segundo papel significativo do surfactante é permitir a coexistência de unidades respiratórias de diferentes dimensões e assegurar que todas as unidades possam insuflar-se e desinsuflar-se conjuntamente.
A tensão superficial alveolar é de valor incomum; a tensão superficial de uma unidade alveolar requer uma pressão em seu interior maior que 70 cm de água em evitar seu colabamento em conseqüência de sua elevada tensão superficial.
 Smile 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Surfactante_pulmonar
http://fisiopatologiaplicad.tripod.com/mecanica9a.htm
http://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/liquido-surfactante/
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Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitimeDom Abr 27, 2014 9:10 pm

Flávio Medeiros. Obrigada pela contribuição.

Flávio Medeiros escreveu:
Após leituras sobre o Sistema Respiratório, deu-me vontade de comentar aqui sobre uma substância primordial no funcionamento da respiração: O Surfactante Pulmonar.
O líquido surfactante, também chamado de surfactante pulmonar, consiste em uma hipofase aquosa e proteica, coberta por uma camada monomolecular de fosfolipídios, composta especialmente por dipalmitoil fosfatidilcolina e fosfatidilglicerol, além de colesterol (lipídios neutros) e traços de outras substâncias, localizados na camada extracelular dos alvéolos. É sintetizado no retículo endoplasmático (RE) e complexo de Golgi dos pneumócitos tipo II e armazenado nos corpos lamelares. Secretado continuamente por exocitose.
Sua função é aumentar a complacência pulmonar e, consequentemente, diminuir o esforço respiratório ao diminuir a tensão superficial entre o ar dos alvéolos e o líquido presente na cavidade alveolar. O surfactante também evita a atelectasia (colapso do parênquima pulmonar) no fim da expiração.
Quando os pulmões não possuem surfactante, como ocorre na SARA (Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto), grandes pressões são necessárias para insuflarem-nos completamente. Assim, o segundo papel significativo do surfactante é permitir a coexistência de unidades respiratórias de diferentes dimensões e assegurar que todas as unidades possam insuflar-se e desinsuflar-se conjuntamente.
A tensão superficial alveolar é de valor incomum; a tensão superficial de uma unidade alveolar requer uma pressão em seu interior maior que 70 cm de água em evitar seu colabamento em conseqüência de sua elevada tensão superficial.
 Smile 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Surfactante_pulmonar
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MensagemAssunto: Re: Aula Teórica - Sistema Respiratório   Aula Teórica - Sistema Respiratório Icon_minitime

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