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 SNA (Sistema Nervoso Autônomo)

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Ana Cazuzu
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Hélia Cannizzaro
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 05, 2014 7:08 pm

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Os nervos autonômicos periféricos são constituídos sobretudo por fibras eferentes; porém, em sua grande maioria, esses nervos não são exclusivamente motores ou secretórios – são nervos mistos e também possuem fibras sensitivas. Em sua maior parte, as funções autonômicas são involuntárias. Isto não quer dizer que todas as funções involuntárias são autonômicas. Por exemplo, o reflexo do abalo patelar não é voluntário, porém não pertence à categoria das funções autonômicas. Do mesmo modo, nem todas as funções autonômicas são involuntárias. Por exemplo, a micção é, em grande parte, controlada pela vontade; mesmo assim, a contração da bexiga e o tono dos esfíncteres são comandados pela atividade dos nervos autonômicos, tais como os nervos hipogástrico, pélvico e pudendo. Todos nós sabemos que existe dois sistemas autonômicos, o simpático e o parassimpático. O simpático tem origem em neurônios localizados na medula toraco-lombar. Os axônios destas células emergem da medula nas raízes ventrais e seguem para uma série de gânglios simpáticos em diversas partes do corpo. Alguns gânglios se situam no pescoço e no abdômen; porém, a maioria deles está localizada na região torácica. Os desta região constituem a cadeia simpática lateral. As fibras nervosas simpáticas que deixam as raízes em direção aos gânglios são pouco mielinizadas. Estas fibras pré-ganglionares estabelecem contato sináptico com células ganglionares localizadas no mesmo segmento, e também com aquelas localizadas em níveis superiores e inferiores. Os axônios das células ganglionares inervam as vísceras e outras estruturas, inclusive vasos sanguíneos cutâneos e musculares, e as glândulas pilosas e sudoríparas. As fibras que saem dos gânglios são denominadas fibras pós-ganglionares e são fibras amielínicas (fibras C). Saem dos gânglios vindo a fazer parte de nervos espinhais ou viscerais até atingir o seu destino. Os neurônios pós-ganglionares são mais numerosos que os pré-ganglionares. Esse arranjo anatômico tem grande utilidade para a dispersão da atividade simpática. As fibras simpáticas nos nervos viscerais inervam o intestino, os vasos sanguíneos intestinais, o coração, o rim, o baço, etc. Aquelas que fazem parte dos nervos espinhais inervam os vasos sanguíneos cutâneos e musculares, os músculos pilomotores e as glândulas sudoríparas. As fibras do tronco cervical simpático inervam diversas estruturas na cabeça, inclusive os vasos sanguíneos, os músculos pupilares e as glândulas salivares. Algumas fibras do sistema parassimpático fazem parte dos III, VII, IX e X pares cranianos; outras emergem na região sacra da medula. Estes nervos seguem um trajeto isolado ou junto a outros nervos espinhais. O nervo parassimpático mais importante é o vago, que se ramifica grandemente e carreia fibras parassimpáticas para quase todas as regiões corpóreas, exceto a cabeça e os membros. Uma diferença entre o sistema parassimpático e o simpático é que as fibras pré-ganglionares parassimpáticas estabelecem contato sináptico com as fibras pós-ganglionares em gânglios periféricos localizados muito próximos ou sobre as estruturas inervadas. As fibras do sistema parassimpático são também pouco mielinizadas antes de atingir um gânglio. As fibras simpáticas pós-ganglionares provenientes dos corpos das células ganglionares são amielínicas. Os nervos do sistema parassimpático inervam diversas estruturas e órgãos inclusive o coração, a musculatura lisa de alguns vasos sanguíneos, os brônquios, o trato intestinal e a bexiga, além de diversas glândulas secretoras. Todas as funções autonômicas são mediadas através da liberação de substâncias transmissoras. Estas substâncias podem ser liberadas ou nos gânglios ou na periferia. A acetilcolina (ACh) é liberada em todos os gânglios simpáticos, e estes órgãos constituem um exemplo clássico para a transmissão colinérgica. Um impulso chega através de uma fibra pré-ganglionar, quando atinge os terminais nervosos o impulso provoca a liberação de ACh, que age sobre a membrana pós-sináptica, a qual, neste caso, é representada pelas células nervosas do gânglio. Em seguida, um potencial local despolarizante (sináptico) tem início. Quando o potencial sináptico atinge uma dada amplitude, ele dá início à atividade tudo ou nada na fibra nervosa pós-sináptica. A transmissão nos gânglios simpáticos pode ser interrompida por bloqueadores colinérgicos, p.ex., o hexametônio, o tetraetilamônio e a tubocurarina. Em contraposição, a aplicação de pequenas doses de nicotina ou de ACh provoca a estimulação desses gânglios. A medula adrenal (único órgão periférico que independe da ação pós-sináptica) tem um comportamento um tanto especial. Esta glândula é inervada pelo nervo esplâncnico, que é mielinizado. Equivale a um nervo simpático pré-ganglionar; o gânglio é constituído pela própria medula adrenal. As proporções de epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina = adrenalina metilada) liberadas pela medula adrenal variam nas diferentes espécies. No que concerne aos gânglios parassimpáticos, a situação é menos clara, pois, na maioria dos casos, sua localização anatômica não permite um estudo fisiológico preciso. Podemos acreditar que ocorre transmissão colinérgica nesses gânglios. Nos terminais dos nervos pós-ganglionares , diversas substâncias são secretadas, variando de acordo com o sistema em consideração. Em sua maioria, as fibras pós-ganglionares simpáticas liberam norepinefrina de seus terminais; esta substância é semelhante à epinefrina liberada pela medula adrenal. No entanto, existem algumas exceções. Por exemplo, as glândulas sudoríparas apresentam uma inervação simpática pós-ganglionar, porém os terminais liberam ACh. O mesmo ocorre na inervação pós-ganglionar simpática para o útero, vasos sanguíneos da musculatura esquelética e músculos pilomotores. A norepinefrina é sintetizada nos terminais axônicos e armazenada em grânulos osmiófitos, as vesículas sinápticas dos terminais nervosos adrenérgicos. O transmissor (a norepinefrina) forma um complexo facilmente dissociável com o Mg++, o ATP e uma proteína específica. A chegada do potencial de ação provoca a extrusão, por exocitose, de todo o conteúdo da vesícula. A norepinefrina liberada para o espaço sináptico age em sítios específicos da membrana pós-sináptica denominados receptores adrenérgicos. A ação do transmissor cessa rapidamente graças à difusão e, em parte, à reabsorção ativa de norepinefrina pelos terminais nervosos. Assim, o transmissor é reincorporado às vesículas. A destruição enzimática produzida pela monoaminooxidase (MAO) mitocondrial e a inativação provocada por outras enzimas, tais como a catecol metiltransferase (COMT), também contribuem para fazer cessar os efeitos do transmissor. Propôs-se que os locais excitados pelas catecolaminas sejam denominados receptores alfa, e os inibidos pelas catecolaminas, receptores beta. No entanto, a distinção não é universal; p.ex.: os músculos cardíacos aumentam sua contratilidade quando os receptores beta são ativados. As células podem ter um único tipo de receptor adrenérgico ou ambos. Por exemplo, as células musculares lisas dos vasos sanguíneos e da musculatura esquelética possuem ambos os tipos, com uma predominância de receptores beta. Portanto, injeções de noradrenalina (que agem principalmente sobre os receptores beta) provocam vasoconstricção. Em geral, o efeito de estimulação alfa é produzido pela despolarização da membrana. O efeito beta é devido à hiperpolarização da membrana. Esta classificação de sítios receptores adrenérgicos é muito útil para a compreensão dos diferentes efeitos das diversas aminas, sobretudo porque é possível de forma medicamentosa bloquear seletivamente os efeitos alfa e beta. Sobre as funções dos sistemas autonômicos, o sistema simpático preserva a homeostasia (milieu interieur); a atividade simpática eleva os níveis de açúcar no sangue, a temperatura, etc. , e provoca reações que estão envolvidas na proteção do indivíduo. Em situações de emergência (exercício muscular intenso, stress, medo, frio, fadiga, hemorragia, etc.) ocorre uma descarga generalizada do sistema simpático. Sobre o coração, há um aumento do débito cardíaco através do aumento do retorno venoso (efeitos simpáticos sobre as veias e arteríolas), um aumento na freqüência cardíaca, um aumento na contratilidade miocárdica. As fibras dilatadoras para os brônquios favorecem a oxigenação. A maioria das fibras simpáticas provoca vasoconstricção, porém algumas delas provocam um efeito oposto em alguns tecidos. Por exemplo, o tratamento com adrenalina sub-cutânea para a asma brônquica, objetivando relaxar a musculatura lisa dos brônquios e bronquíolos, provoca taquicardia, dependendo da dose. Eis a cautela do Doctor.
Hélia Cannizzaro
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Denise.Muniz




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeQua Abr 09, 2014 11:33 pm

Lendo um artigo relacionado ao controle do sistema circulatório pelo SNA achei muito bela a tentativa    do organismo em manter tudo funcionando adequadamente durante elevações da pressão arterial ocorrem deformações nas paredes dos vasos, essas deformações  desencadeiam potenciais de ação nos pressoreceptores, o impulso segue até o bulbo, mais espcificamente o NTS, núcleo do trato solitário, por meio do n. vago e glossofaríngeo. Os neurônios secundários do NTS excitam os neurônios pré ganglionaresdo sistema nervoso parassimpático situados no núcleo dorsal motor do vago e no núcleo ambíguo que daí se projetam aos neurônios pós ganglionares intramurais no coração, determinando a diminuição na frequência cardíaca. De forma paralela o tônus simpático para o coração e vasos é diminuído pois outros neurônios que fazem com do NTS, quando estimulados pela elevação da pressão arterial, excitam o bulbo ventrolateral caudal, que fazem com que os neurônios pré motores simpáticos do bulbo ventrolateral rostral seja inibidos. Dessa forma, a contratilidade e bradicardia cardíaca diminui, há também uma queda na resistência dos vasos fazendo com que haja depleção na pressão arterial! E infelizmente ainda tem gente que sai maltratando o organismo impondo condições absurdas com o consumo excessivo de substâncias que perturbam esse bom funcionamento... idealizadamente, qual qualquer alteração pressórica poderia ser resolvida por meio dessas alterações fisiológicas produzidas pelo próprio organismo, porém, esses pressoreceptores tem uma capacidade de adaptação, ou seja, se mantido de forma contínua, esses receptores vão "entender" a pressão anormal como sendo algo normal ao organismo e não executará todo o processo de manutenção da PA em níveis ótimos, descrito anteriormente.
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSex Abr 11, 2014 6:11 pm

Denise Muniz
Envie o artigo, seria muito interessante lê-lo.
Hélia Cannizzaro

Denise.Muniz escreveu:
Lendo um artigo relacionado ao controle do sistema circulatório pelo SNA achei muito bela a tentativa    do organismo em manter tudo funcionando adequadamente durante elevações da pressão arterial ocorrem deformações nas paredes dos vasos, essas deformações  desencadeiam potenciais de ação nos pressoreceptores, o impulso segue até o bulbo, mais espcificamente o NTS, núcleo do trato solitário, por meio do n. vago e glossofaríngeo. Os neurônios secundários do NTS excitam os neurônios pré ganglionaresdo sistema nervoso parassimpático situados no núcleo dorsal motor do vago e no núcleo ambíguo que daí se projetam aos neurônios pós ganglionares intramurais no coração, determinando a diminuição na frequência cardíaca. De forma paralela o tônus simpático para o coração e vasos é diminuído pois outros neurônios que fazem com do NTS, quando estimulados pela elevação da pressão arterial, excitam o bulbo ventrolateral caudal, que fazem com que os neurônios pré motores simpáticos do bulbo ventrolateral rostral seja inibidos. Dessa forma, a contratilidade e bradicardia cardíaca diminui, há também uma queda na resistência dos vasos fazendo com que haja depleção na pressão arterial! E infelizmente ainda tem gente que sai maltratando o organismo impondo condições absurdas com o consumo excessivo de substâncias que perturbam esse bom funcionamento...  idealizadamente, qual qualquer alteração pressórica poderia ser resolvida por meio dessas alterações fisiológicas produzidas pelo próprio organismo, porém, esses pressoreceptores tem uma capacidade de adaptação, ou seja, se mantido de forma contínua, esses receptores vão "entender" a pressão anormal como sendo algo normal ao organismo e não executará todo o processo de manutenção da PA em níveis ótimos, descrito anteriormente.
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Denise.Muniz




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 12, 2014 9:58 am

Professora, aqui está o que a senhora solicitou, espero que ajude!
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/8-1/007.pdf
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 12, 2014 12:03 pm

Denise Muniz
Obrigada.
Helia Cannizzaro

Denise.Muniz escreveu:
Professora, aqui está o que a senhora solicitou, espero que ajude!
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/8-1/007.pdf
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Amanda Mirela Rodrigues




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSeg Abr 14, 2014 10:31 pm

A respeito da ideia generalizada de antagonismo entre os sistemas : Em geral, pode-se assumir que o controle exercido pelas divisões simpática e parassimpática sobre muitos órgãos tenha um caráter antagônico.Porém, esta não é uma generalização que possa ser considerada como uma regra, em relação aos controles exercidos pelos sistema simpático e parassimpático. Desta forma, é mais correto afirmar que estas duas divisões do sistema autônomo trabalhem de forma coordenada, ou seja, em algumas situações eles agem de forma sinérgica e em outras atuam reciprocamente , no que se refere ao controle da atividade visceral.Outro contraponto à ideia generalizada de que o sistema simpático age de forma antagônica ao sistema parassimpático, é o fato de nem todos os órgãos receberem inervação dos dois sistemas. A evidência desta afirmação pode ser verificada nos
músculos lisos, glândulas da pele e na maioria dos vasos do corpo. Nestes, a inervação é exclusivamente simpática. Apenas uma pequena fração dos vasos corpóreos recebem inervação parassimpática.

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ecmoraes




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeTer Abr 22, 2014 1:40 am

Professora, durante meus estudos no módulo de Cardio, achei bastante interessante as ações do SNA simpático e parassimpático na atividade cardíaca. Por exemplo, as catecolaminas: que aumentam a condutância de íons cálcio, aumentando seu influxo, durante a fase 2 (platô) do potencial de ação, por meio da ligação aos receptores beta adrenérgicos. Assim, a aão dessas substâncias,ou seja: o aumento da condutância de cálcio, acaba sendo o principal mecanismo pelo qual elas aumentam a contratilidade muscular cardíaca, como dito pela senhora no texto.
Por outro lado, a acetilcolina interage com receptores muscarínicos, antagonizando a ativação dos canais de cálcio e, assim, diminuindo a condutância do cálcio para dentro da célula.
Bem, isso foi o que eu entendi durante minhas leituras (boa parte delas do livro Berne e Levy de fisiologia). Sei que não é a mesma disciplina que a senhora ministra, mas achei uma boa oportunidade de confirmar essas informações. Qualquer coisa, pode corrigir! Um abraço! Smile

Eduardo Moraes
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Ana Cazuzu




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeTer Abr 22, 2014 11:33 am

Obrigada pelo artigo Denise!!!
Nós sabemos que esses sistemas controlam a homeostasia e possibilitam a expressão de comportamentos. Contudo, é importante ter em mente que o físico e o mental estão intimamente ligados. Por exemplo, uma ativação emocional exagerada dos neurônios que inervam os vasos e o coração pode causar hipertensão arterial ou interrupção do fluxo sanguíneo no coração ou no cérebro. Da mesma forma, medo muito intenso, ainda que por período curto, também pode provocar problemas gástricos como ulceração aguda da mucosa gástrica ou gastrite crônica, se a pessoa estiver submetida a ansiedade permanente. Casos como esses são conhecidos como doenças psicossomáticas e aparecem com muita frequência nos consultórios médicos. Por isso, não devemos esquecer que o lado emocional do paciente é muito importante!!
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeTer Abr 22, 2014 10:45 pm

Amanda. É verdade.
"Coordenação", eis a questão.


Amanda Mirela Rodrigues escreveu:
A respeito da ideia generalizada de antagonismo entre os sistemas : Em geral, pode-se assumir que o controle exercido pelas divisões simpática e parassimpática sobre muitos órgãos tenha um caráter antagônico.Porém, esta não é uma generalização que possa ser considerada como uma regra, em relação aos controles exercidos pelos sistema simpático e parassimpático. Desta forma, é mais correto afirmar que estas duas divisões do sistema autônomo trabalhem de forma coordenada, ou seja, em algumas situações eles agem de forma sinérgica e em outras atuam reciprocamente , no que se refere ao controle da atividade visceral.Outro contraponto à ideia generalizada de que o sistema simpático age de forma antagônica ao sistema parassimpático, é o fato de nem todos os órgãos receberem inervação dos dois sistemas. A evidência desta afirmação pode ser verificada nos
músculos lisos, glândulas da pele e na maioria dos vasos do corpo. Nestes, a inervação é exclusivamente simpática. Apenas uma pequena fração dos vasos corpóreos recebem inervação parassimpática.

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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeTer Abr 22, 2014 10:50 pm

Eduardo Moraes
As Especialidades serão assumidas no futuro, bem profundamente.
Mas, é obrigação de um Médico, conhecer de forma generalista, todo o conteúdo de formação básica.
Me apraz Fisiologia e seus desdobramentos na Fisiopatologia (tão fundamental).
Parabéns,
Hélia Cannizzaro

ecmoraes escreveu:
Professora, durante meus estudos no módulo de Cardio, achei bastante interessante as ações do SNA simpático e parassimpático na atividade cardíaca. Por exemplo, as catecolaminas: que aumentam a condutância de íons cálcio, aumentando seu influxo, durante a fase 2 (platô) do potencial de ação, por meio da ligação aos receptores beta adrenérgicos. Assim, a aão dessas substâncias,ou seja: o aumento da condutância de cálcio, acaba sendo o principal mecanismo pelo qual elas aumentam a contratilidade muscular cardíaca, como dito pela senhora no texto.
Por outro lado, a acetilcolina interage com receptores muscarínicos, antagonizando a ativação dos canais de cálcio e, assim, diminuindo a condutância do cálcio para dentro da célula.
Bem, isso foi o que eu entendi durante minhas leituras (boa parte delas do livro Berne e Levy de fisiologia). Sei que não é a mesma disciplina que a senhora ministra, mas achei uma boa oportunidade de confirmar essas informações. Qualquer coisa, pode corrigir! Um abraço! Smile

Eduardo Moraes
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeTer Abr 22, 2014 10:56 pm

Ana Cazuzu. Parabéns por esta abordagem.
O mundo em que vivemos, na atualidade, é um mundo DNV, ou seja, um mundo do
DISTÚRBIO NEURO VEGETATIVO. Um mundo opressor, pouca Natureza, pouco esporte,
excesso de fumo e bebida alcoólica, um mundo mais isolado, mais tela e menos tato,
um mundo competitivo, guerrilheiro, violento... enfim, o fechamento ou abertura está nos
Antecedentes Pessoais, Familiares e Sociais a serem pesquisados numa
Anamnese stricto sensu.
Parabéns.
Hélia Cannizzaro


Ana Cazuzu escreveu:
Obrigada pelo artigo Denise!!!
Nós sabemos que esses sistemas controlam a homeostasia e possibilitam a expressão de comportamentos. Contudo, é importante ter em mente que o físico e o mental estão intimamente ligados. Por exemplo, uma ativação emocional exagerada dos neurônios que inervam os vasos e o coração pode causar hipertensão arterial ou interrupção do fluxo sanguíneo no coração ou no cérebro. Da mesma forma, medo muito intenso, ainda que por período curto, também pode provocar problemas gástricos como ulceração aguda da mucosa gástrica ou gastrite crônica, se a pessoa estiver submetida a ansiedade permanente. Casos como esses são conhecidos como doenças psicossomáticas e aparecem com muita frequência nos consultórios médicos. Por isso, não devemos esquecer que o lado emocional do paciente é muito importante!!  
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sarasadok




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 26, 2014 1:40 am

Uma vez que o sistema nervoso foi abordado, achei que seria interessante enfatizar os seguintes conceitos: barreira hematoencefálica e unidade neurovascular por evidenciarem a relação íntima e mútua da atividade neural e da vascular.
Sabe-se que a barreira hematoencefálica é constituída por uma gama de células, as quais vão, inevitavelmente, influenciar o microambiente ao redor. Qualquer acometimento na sinalização celular pode, então, culminar em um quadro patológico. Destaque para o mal de Alzheimer, que segue essa cascada.
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TaináAlmeida




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 26, 2014 4:57 am

Como mencionado por Eduardo, sabemos que, por exemplo a liberação de acetilcolina e noradrenalina alteram significativamente o débito cardíaco. Existem arcos reflexos associados que regulam as atividades do simpático e parassimpático. Porém, algumas relações entre SNA e Sistema Cardiovascular não foram ainda assimiladas por nós. Entendo que é essencial a compreensão da fisiopatologia, então segue uma interessante revisão sobre as relações entre a disfunção autonômica e as doenças cardiovasculares: http://sociedades.cardiol.br/sbc-rs/revista/2004/03/artigo02.pdf

Desta, vale destacar o tópico que trata da disfunção autonômica na Diabetes Mellitus. A progressão dessa disfunção metabólica tão presente em nossa sociedade está associada a degeneração de fibras nervosas do SNA, acarretando alterações significativas na modulação autonômica cardíaca. Geralmente, no paciente diabético há taquicardia de repouso e redução da variabilidade da frequência cardíaca. É frequente a intolerância ao exercício, devido não somente à diminuição da variabilidade da frequência cardíaca, como comprometimento da variabilidade da pressão arterial, o que acaba por agravar o quadro do paciente. A disfunção de fibras vasomotoras simpáticas eferentes comumente causa hipotensão postural nesses pacientes. Além dessas, há muitas outras correlações que podem ser observadas no artigo.
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Caio Farias




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 26, 2014 11:23 am

Creio ser válido dar continuidade à discussão iniciada por Sara, a respeito da barreira hematoencefálica, visto que esta é parte fundamental do funcionamento do sistema nervoso, que, em seus múltiplos componentes, é grande responsável pelo controle da homeostasia, conforme exposto pelos colegas nos tópicos acima. Assim, num ponto de vista menos funcional e mais morfológico, temos a perspectiva do professor Angelo Machado, em seu livro "Neuroanatomia Funcional", que afirma: "Embora não se possa excluir que a estrutura do neurópilo contribua para a explicação do fenômeno de barreira, a maioria dos autores acha que a barreira hemoencefálica está no capilar cerebral. Este é formado pelo endotélio e por uma membrana basal muito fina. Por fora, os pés vasculares dos astrócitos formam uma camada quase completa em torno do capilar. Todos estes três elementos (endotélio, membrana basal e astrócito) já foram considerados como sede da barreira hemoencefálica. Entretanto, hoje se admite que a barreira está no endotélio e uma série de pesquisas mostra isso.
Injetou-se em animais uma proteína, a peroxidase, que pode ser visualizada ao microscópio eletrônico. Verificou-se que, ao contrário dos capilares das demais áreas do organismo que deixam passar livremente a peroxidase, os capilares cerebrais a retém, impedindo sua passagem mesmo para o espaço entre o endotélio e a membrana basal.
Os endotélios dos capilares cerebrais apresentam três características básicas que os diferenciam dos endotélios dos demais capilares e que provavelmente se relacionam com o fenômeno de barreira:
a) as células endoteliais são unidas por junções íntimas que impedem a penetração de macromoléculas. Essas junções não estão presentes nos capilares em geral;
b) não existem fenestrações e são raras as vesículas pinocíticas. Nos demais capilares, essas estruturas são importantes para o transporte de macromoléculas;
c) as células endoteliais não são contrateis. Ao contrário dos demais capilares, elas não possuem filamentos que, em presença de histamina, se contraem separando as células e tornando o capilar mais permeável. Assim, o cérebro fica protegido em situações em que há grande liberação de histamina na circulação, como em certos quadros alérgicos."

A importância desse tema para a compreensão do Sistema Nervoso Autônomo deriva da integração existente entre os múltiplos setores que compõem o sistema nervoso. Assim, a barreira hematoencefálica constitui o filtro que permitirá manter as condições internas de equilíbrio do sistema nervoso, para que este, por suas componentes - tal qual o Sistema Nervoso Autônomo -, controle a atuação dos demais órgãos corporais, regulando e/ou mantendo condições ótimas de funcionamento para os demais órgãos.
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isissena




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 26, 2014 10:39 pm

Ja que tanto foi falado sobre sistema nervoso autonomo vou relatar algo curioso que me aconteceu quando ainda me encontrava no cursinho. Estudando os transmissores sinapticos, aprendemos que na fenda sinaptica entre o primeiro neuronio e segundo neuronio havera a presenca de acetilcolina (tanto no parassimpatico, quanto no simpatico) e nas fendas sinapticas dos segundos neuronios com o alvo havera, quando parassimpatico, acetilcolina e, quando simpatico, adrenalina. Quanto a isso nao ha nada de novo e nem curioso. A curiosidade veio quando me fizeram uma indagacao "voce, raciocinando, saberia dizer qual orgao que é estimulado pelo simpatico usando a acetilcolina?". A adrenal! Pensar que um orgao que esta diretamente relacionado com a liberacao de adrenalina jamais poderia ser estimulado por adrenalina (pois isso causaria um feedback positivo e pessoa só poderia ter um susto na vida) e a capacidade que o corpo tem para se adaptar a variadas situacoes sao fatos que me intrigam e cada vez me fazem sentir que estou no lugar certo. Entao, só organizando as ideias, o sistema nervoso autonomo é dividido em simpatico e parassimpatico e em ambos teremos a presenca de dois neuronios. Esses neuronios se conectam entre eles (os chamados ganglios) e tambem se conectam com o orgao alvo. Em ambos, parassimpatico e simpatico, nas fendas ganglionares teremos a presenca de acetilcolina, e no simpatico, na fenda do segundo neuronio com o orgao alvo, normalmente, havera a adrenalina, excetuando-se a adrenal, que estimulada pelo simpatico atraves da acetilcolina!
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isissena




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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitimeSáb Abr 26, 2014 10:44 pm

Professora, me perdoe a falta de acentuacao nas palavras. Nao sei como coloca-la adequadamente no computador que me encontro.
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MensagemAssunto: Re: SNA (Sistema Nervoso Autônomo)   SNA (Sistema Nervoso Autônomo) Icon_minitime

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