Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Interessante III Dom Abr 06, 2014 8:25 pm | |
| “Existe um caminho que vai dos olhos ao coração Sem passar pelo intelecto”. (There is a road from the eye to the heart That does not go through the intellect) G.K. Chesterton
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charlesalbuquerque
Mensagens : 16 Data de inscrição : 01/04/2014 Idade : 29
| Assunto: Re: Interessante III Seg Abr 07, 2014 12:34 pm | |
| Professora, ótima citação. Não seria esse o caminho que mantém a humanidade dos médicos mesmo quando a frieza e a distância se fazem necessárias? Às vezes um caminho perigoso, diante da realidade da saúde brasileira, de descaso, negligência e condições sub-humanas. É difícil usar a razão (o intelecto) e ser imparcial ao observar filhos lutando por leitos para os pais que estão nos chãos do corredores dos hospitais brasileiros.
Como é possível, professora, voltar tranquilamente para um lar confortável e seguro depois de um dia atendendo esse tipo de pacientes? Chegar ao final do dia sabendo que aquela realidade acabou por hoje para nós, mas que é o cotidiano daquelas pessoas até sabe-se lá quando. Não estou dizendo que devemos abdicar do que temos, afinal estudamos, trabalhamos e nos dedicamos muito para conquistar estabilidade financeira, conforto e até alguns luxos, por que não? Mas como fica a consciência, o coração, ao ver tão de perto essas situações e não poder fazer algo substancial para mudá-la?
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Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: Interessante III Sex Abr 11, 2014 4:37 pm | |
| Charles Albuquerque Esquecendo os "frios de alma", na prática médica, o que costuma ocorrer é gerar um gap entre o coração e a mente - como forma inclusive de proteção, do próprio médico, para enxergar e VIVER esses absurdos e intempéries provocados pelo Estado. A Teoria Liberal, impregnada entre nós, optou por Planos de Saúde, que só tem quem pode. Este poder tem a fácies única permissiva que se chama moeda corrente. Não se é pré-fixado o humanismo ou prioridades de patologias mais graves. Daí, a importância do que você tratou aqui nesta postagem. Os hospitais públicos, de formação, podem nos dar a chance de escolher como trajeto permanente - intelecto, mas dos olhos ao coração. Você verá no futuro, até colegas seus, que escolherão outras trajetórias menos humanas, daí menos felizes. Há também que priorizar para o Estado, Projetos de ponta que beneficiem, em definitivo, a solução dessa vergonha de ver pacientes no chão dos hospitais à espera de um atendimento e alívio ou cura do seu mal. E o que pensar e sentir de seus parentes que voltam para a casa? Devemos ver esses absurdos, com a intenção firme de encontrar a solução. Hélia Cannizzaro - charlesalbuquerque escreveu:
Professora, ótima citação. Não seria esse o caminho que mantém a humanidade dos médicos mesmo quando a frieza e a distância se fazem necessárias? Às vezes um caminho perigoso, diante da realidade da saúde brasileira, de descaso, negligência e condições sub-humanas. É difícil usar a razão (o intelecto) e ser imparcial ao observar filhos lutando por leitos para os pais que estão nos chãos do corredores dos hospitais brasileiros.
Como é possível, professora, voltar tranquilamente para um lar confortável e seguro depois de um dia atendendo esse tipo de pacientes? Chegar ao final do dia sabendo que aquela realidade acabou por hoje para nós, mas que é o cotidiano daquelas pessoas até sabe-se lá quando. Não estou dizendo que devemos abdicar do que temos, afinal estudamos, trabalhamos e nos dedicamos muito para conquistar estabilidade financeira, conforto e até alguns luxos, por que não? Mas como fica a consciência, o coração, ao ver tão de perto essas situações e não poder fazer algo substancial para mudá-la? | |
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| Assunto: Re: Interessante III | |
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