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 SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores)

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2 participantes
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Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores)   SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores) Icon_minitimeTer Jul 09, 2013 12:41 am

Simulação Clínica (Do Conceito à Aplicabilidade) (Qulici AP et al) é um livro fundamental que acabo de ler, agora, completo. Tudo começou em 1929, na Aeronáutica, com o engenheiro Edwin A. Link que introduziu o primeiro simulador (Blue box ou Link trainer) para formação de pilotos. Na Área da Saúde, a simulação deu-se com Cláudio Galeno, 131 a 200 d.C., que tratava os ferimentos dos gladiadores, desenvolvendo a própria habilidade pela dissecação de animais. Em 1960, surgiu, nos EUA, um manequim desenvolvido para ausculta cardíaca (com sons de todas as patologias para treinamento dos alunos). A simulação clínica exige interdisciplinaridade, geração de habilidades repetitivas, atitudes, valores - para geração de competência efetiva e autonomia. É saber como, mostrar como, e FAZER. Há um enfrentamento, como bonecos (robôs) conectados à RX, ultrasom, etc., do ato de resolver no âmbito de situações muito próximas às reais. Há um definitivo fortalecimento entre ciências básicas e clínicas. Existem, hoje, simuladores altamente sofisticados, como o Robô-Cirugião da Vinci cujo breve vídeo pode ser visto em:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=fjnHnACUWX0

Os simuladores de alta fidelidade operam com computadores que acompanham todos os passos de manipulação, identificando acertos e erros. Um ambiente de simulação tem diferentes fases: a primeira delas é leitura (e-learnig), a segunda aprendizado na manipulação à simulação, e a terceira a forma presencial (introdução no ambiente). Os resultados demonstram, nas Universidades que utilizam a Simulação Clínica e Cirúrgica, um favorável desenvolvimento cognitivo, psicomotor, afetivo, pensamento crítico, habilidade, decisão, comunicação eficaz, bom manejo de crises, ética e postura profissional. No erro, inicia-se um novo programa de computador. Há que entender a necessidade de "equipe multiprofissional", nas salas de habilidades, nos consultórios simulados (onde o próprio colega é instruído previamente ser o paciente, e só ele sabe seu próprio diagnóstico = PACIENTE-ATOR), sala de conferência ou reunião, etc. É fundamental que o aluno perceba a relevância e a aplicação do que está sendo ensinado, para que desperte o seu interesse em conhecer algo que o remeta a situações reais e significativas para a vida. O MODELO TRADICIONAL constrói claras barreiras entre as disciplinas (esgotamento do modelo flexneriano). Pasmem, o Art. 12 das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN):
II. Utilizar metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno;
III. Incluir dimensões éticas e humanistas;
IV. promover a integração e a interdisciplinaridade;
V. Inserir o aluno precocemente em atividades práticas relevantes;
VI. Utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem, etc.

Manequins altamente sofisticados são simuladores humanos automatizados, capazes de reproduzir respostas táteis, sonoras e visuais similares às que os profissionais da Saúde poderão presenciar no contato com pacientes reais. As principais características positivas da simulação clínica:
1. Minimizar erros com vivos;
2. Proporciona o feedback;
3. Chance de prática repetitiva;
4. Integração do currículo;
5. Enfrentamento de gama de dificuldades;
6. Grande variedade de condições clínicas e cirúrgicas;
7. Ambiente controlado;
8. Aprendizagem definitiva;
9. Avaliação somática do desempenho.

Por exemplo, aprendizado em manequim da técnica de sondagem vesical (da bexiga), sabemos que a sondagem de demora é fundamental durante e após o ato cirúrgico para determinar a diurese (desde que mesmo com a hemostasia, há perda evidente de sangue) - que deverá ficar a partir de 1.500ml/24hs de urina. Há também aprendizagem multimídia (aprendizagem eletrônica). O treinamento vai de ambulatório, à UTI e ao bloco cirúrgico. Há reuniões do debriefing onde se faz análise e reflexão sobre o que foi vivido durante um "jogo" ou simulação, assim como a descoberta do que foi efetivamente apreendido:
1. O que aconteceu durante a simulação?
2. O que fizeram melhor?
3. O que faltou fazer melhor?
4. Qual foi seu maior desafio?
5. Que lição você leva para casa?
6. O que você tem que fazer para aumentar suas chances de agir melhor da próxima vez que algo assim acontecer?

Dois estudos recentes nos EUA demonstraram que os "erros médicos" levam 44.000 e 98.000 mortes a cada ano. Isso colocaria os erros médicos como a terceira causa de mortalidade nos EUA. Para dimensionar esse problema, apenas as mortes por "erros médicos" seriam equivalentes às mortes resultantes da queda de uma aeronave 747 a cada três dias!

Os cenários ou condição das simulações são diversas como sepse, emergência obstétrica, sangramento, suturas, IAM, hipertermia maligna, aumento da pressão intracraniana, parada cardíaca, choque, queimaduras, fraturas expostas, ferimento à bala, pneumotórax, broncoespasmo, etc., além de outras técnicas cirúrgicas e paciente-ator (no ambulatório) com exame físico, diagnóstico e tratamento para diversas patologias. As técnicas cirúrgicas também são realizadas em medicina veterinária, os manequins exibe parâmetros fisiológicos como PA, ECG, oxímetro de pulso. frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), imagens digitais de radiografias, ultrassonografia e resultados de exames laboratoriais.

Este livro é acompanhado de um CD-R que vale a pena ser visto. Em caso de interesse, ele estará à disposição.

Hélia Cannizzaro













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Anderson Albert




Mensagens : 4
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Re: SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores)   SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores) Icon_minitimeTer Jul 09, 2013 12:55 am

Professora, tenho bastante interesse nesse tipo de assunto, se possível gostaria de poder dá uma olhada neste livro, tenho certeza que ele está repleto de coisas interessantes, e que, sem dúvidas, e que me ajudará muito.

Abraço,

Anderson Albert
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Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Re: SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores)   SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores) Icon_minitimeTer Jul 09, 2013 2:16 am

Caro Anderson
Além do livro, deveríamos dar uma pesquisada em Universidades nacionais e internacionais que já têm um
histórico com esta atividade e seus excelentes resultados.
Acho magnífico e tenho como fazê-lo. Esse é o ensino médico perfeito, que venho lutando há 29 anos - vincular o básico com
medicina propriamente dita.
Vou buscar.
Hélia Cannizzaro

Anderson Albert escreveu:
Professora, tenho bastante interesse nesse tipo de assunto, se possível gostaria de poder dá uma olhada neste livro, tenho certeza que ele está repleto de coisas interessantes, e que, sem dúvidas, e que me ajudará muito.

Abraço,

Anderson Albert
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Anderson Albert




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Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Re: SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores)   SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores) Icon_minitimeTer Jul 09, 2013 11:46 pm

Sim professora, por favor, vamos fazer isso, gostaria muito.
Abraço.
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MensagemAssunto: Re: SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores)   SIMULAÇÃO CLÍNICA (Bonecos, Robôs e Pacientes-Atores) Icon_minitime

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