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 PEDRO: CA do PÂNCREAS

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3 participantes
AutorMensagem
Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: PEDRO: CA do PÂNCREAS   PEDRO: CA do PÂNCREAS Icon_minitimeDom Nov 02, 2014 11:03 pm

CARCINOMA (CA) DO PÂNCREAS
Para o clínico, o termo carcinoma do pâncreas engloba uma variedade de adenocarcinomas sólidos da glândula pancreática ou estruturas intimamente relacionadas (ampola de Vater, porção intra-hepática do colédoco). Do ponto de vista anatomopatológico, mais de 80% dos CA pancreáticos originam-se no epitélio canalicular e em torno de 75% estão localizados primariamente na região da “cabeça da glândula”. Os gânglios linfáticos regionais e o fígado são as zonas de metástases mais frequentes e precoces. A incidência do CA de pâncreas está aumentando progressivamente nos últimos anos. O CA de pâncreas predomina na idade adulta, porém pode aparecer inclusive na infância. Não se demonstrou nenhum fator predisponente de forma concludente, porém o alcoolismo, o fumo, a pancreatite crônica e o diabetes foram implicados com mais ou menos fundamento.
Quadro Clínico – A dor abdominal é um dos sintomas mais frequentes do CA de pâncreas. Localiza-se geralmente no epigástrio, com possível irradiação lateral a um ou a ambos os hipocôndrios. A irradiação para as costas, de tipo transfixante (dor em barra), é também característica. A dor do CA de pâncreas assemelha-se à da pancreatite crônica em intensidade, persistência, exacerbações noturnas, e leve alívio ao reclinar-se para frente. A perda de peso é outro sinal característico, deve-se a uma combinação de fatores: anorexia, catabolismo induzido pela neoplasia, má absorção, etc. A icterícia apresenta-se na maioria dos enfermos com o CA da ampola de Vater, região da cabeça em geral ou em estágios avançados. A icterícia costuma ser progressiva e intensa. Em 1/3 dos pacientes, a icterícia se acompanha de uma dilatação palpável da vesícula biliar (sinal de Courvoisier). Um ¼ apresenta prurido. Não costuma haver manifestações de colangite, devido ao fato de que a oclusão completa do colédoco impede a infecção ascendente das vias biliares. Desenvolvimento de diabetes em 10-20%. A hemorragia gastrointestinal aguda é rara, salvo em fases avançadas por invasão secundária do estômago ou do duodeno ou então pela oclusão da veia esplênica e produção de varizes gástricas sangrantes. A exceção é o CA da ampola de Vater que com frequência sangra intermitentemente, produzindo melena e anemia hipocrômica.
Laboratório e Provas Diagnósticas – Os exames de rotina de sangue e de urina costumam ser de pouco valor diagnóstico, exceto em fases avançadas ou em pacientes ictéricos nos quais as provas hepáticas sugerem obstrução biliar. As enzimas pancreáticas no sangue e na urina são, geralmente, normais. Exames de Imagem do tubo digestivo podem mostrar alterações sugestivas tais como alargamento do padrão duodenal ou gástrica por invasão ou compressão pelo tumor. Infelizmente, esses sinais costumam ser tardios.
Diagnóstico Diferencial –
1. Pancreatite crônica;
2. Fibrose;
3. Tumores retroperitoneais (como linfoma);
4. Colelitíase.
Tratamento e Prognostico –
O único tratamento efetivo é a extirpação cirúrgica total do tumor. Em geral, os tumores da região da cabeça, e em particular os da ampola de Vater, têm um índice de ressecabilidade superior ao restante por sua localização cirurgicamente favorável e pela produção precoce de icterícia obstrutiva, que acelera o diagnóstico. Nos tumores da cabeça, a cirurgia pode ser a de Whipple, que consiste em extirpar a cabeça do pâncreas junto com o antro gástrico e o colédoco distal, seguida de anastomose do estômago, do colédoco e colo do pâncreas – ao jejuno. Outros cirurgiões preferem praticar uma pancreatectomia total justificada, entre outras razões, pela multifocalidade da neoplasia. Nas neoplasias localizadas no corpo e da cauda costuma-se realizar uma pancreatectomia distal englobando o tumor. Em pacientes com icterícia obstrutiva, inclusive se o tumor é inextirpável, aconselha-se intervir cirurgicamente e praticar uma colecistojejunostomia ou uma coledocojejunostomia, com objetivo de abrir o bloqueio do colédoco terminal e aliviar o paciente de outras complicações da obstrução biliar.
Pedro, volto para falar de Doenças Cirúrgicas do Pâncreas de forma mais verticalizada.





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Pedro Alves de Farias




Mensagens : 9
Data de inscrição : 22/09/2014

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MensagemAssunto: Re: PEDRO: CA do PÂNCREAS   PEDRO: CA do PÂNCREAS Icon_minitimeDom Nov 02, 2014 11:59 pm

Adorei o texto professora, muito esclarecedor!!!
Obrigado!
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Manoela Fernandes Ferreir




Mensagens : 4
Data de inscrição : 28/09/2014

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MensagemAssunto: Re: PEDRO: CA do PÂNCREAS   PEDRO: CA do PÂNCREAS Icon_minitimeSáb Nov 15, 2014 12:36 pm

Acrescentando o que já foi exposto sobre o câncer de pâncreas, Os do tipo adenocarcinoma corresponde a 90% dos casos diagnosticados e tem sido de difícil diagnostico pelo fato de ser de difícil detecção, a localização do pâncreas, na cavidade mais profunda do abdômen, atrás de outros órgãos, também prejudica a detecção do tumor pelo exame clinico.  Por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade. Segundo a Sociedade brasileira de cirurgia oncológica, no Brasil este tipo de câncer é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade.  O tumor que atinge a cabeça do pâncreas provoca icterícia, doença que deixa a pele e os olhos amarelados é decorrente da obstrução biliar, a bilirrubina indireta consegue ser convertida em bilirrubina direta no fígado porém, devido a obstrução a bilirrubina direta fica retida no tecido epitelial que dá a pele o aspecto amarelado. A insuficiência da bile também vai acarretar problemas na digestão de gorduras aumentando a quantidade de gorduras as fezes, que apresentam volumosas e com odor mais acentuado. Outro sintoma é o aumento do nível de glicose no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, a DM se desenvolve decorrente da destruição e diminuição do funcionamento das células beta pancreáticas que produzem a insulina. A confirmação se dá por biópsia de tecido do órgão. O câncer de pâncreas tem chances de cura se for descoberto na fase inicial. O tratamento se dá pela ressecção do tumor e os procedimentos de radioterapia e quimioterapia podem ser utilizados para redução do tamanho do tumor e alívio dos sintomas. Fonte: INCA/MS . Sociedade Brasileira de cirurgia oncológica.http://www.sbmastologia.com.br/Arquivos/Publicacoes/Oncologia-basica.pdf#page=62
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Manoela Fernandes Ferreir




Mensagens : 4
Data de inscrição : 28/09/2014

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MensagemAssunto: Re: PEDRO: CA do PÂNCREAS   PEDRO: CA do PÂNCREAS Icon_minitimeSáb Nov 15, 2014 12:44 pm

PEDRO: CA do PÂNCREAS Img0031

Esta imagem mostra uma massa de tumor da cabeça do pâncreas, visto no centro da foto , cercado por duodeno , ressecado em conjunto como parte de um procedimento de Whipple para adenocarcinoma de pâncreas
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MensagemAssunto: Re: PEDRO: CA do PÂNCREAS   PEDRO: CA do PÂNCREAS Icon_minitime

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