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 Continuação VALVOPATIAS

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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Continuação VALVOPATIAS   Continuação VALVOPATIAS Icon_minitimeSáb Out 18, 2014 8:31 pm

Continuação VALVOPATIAS
INSUFICIÊNCIA MITRAL – A insuficiência mitral é a condição na qual existe passagem anômala de quantidades variáveis de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo, durante a sístole ventricular, como consequência da perda do poder de contenção da valva mitral. A movimentação retrógrada de volume de sangue com elevada energia cinética ocasiona, ao nível do átrio esquerdo, desproporção entre continente e conteúdo, determinado hipertensão. Durante a diástole ventricular, a transferência de maior quantidade de sangue do átrio para o ventrículo determina sobrecarga de volume desta câmara. O efeito da regurgitação mitral sobre a circulação pulmonar depende da complacência do átrio esquerdo. O átrio esquerdo dilatado e complacente, como o encontrado nas formas crônicas, produz hipertensão. A insuficiência mitral não é uma entidade isolada. Existe a insuficiência mitral, congênita e adquirida. A congênita é rara, e, geralmente, se associa a outros defeitos congênitos, formando síndromes características, assim, faz parte do atrioventricularis communis e pode estar presente em portadores de ostium primum, de transposição dos grandes vasos, de dilatação aneurismática do átrio esquerdo, etc. As formas adquiridas constituem grupo mais frequente e, dentro deste, a insuficiência mitral reumática ocupa lugar preponderante. Entretanto, na atualidade, formas não reumáticas de insuficiência mitral podem ser bem caracterizadas. A disfunção mitral pode estar presente em diversos estádios da doença reumática, e a auscultação de sopro de regurgitação na área mitral é achado frequente. A insuficiência mitral reumática é, em geral, de evolução crônica, e sua instalação depende inicialmente de surtos sucessivos de valvulite reumática, com fenômenos de cicatrização e retração. A insuficiência mitral sendo uma cardiopatia que subtrai fluxo periférico, produz alterações no débito cardíaco. Apesar desta disritmia e da existência de irregularidades endocárdicas, sequelas da endocardite reumática, a formação de trombos e embolias sistêmicas são excepcionais. O quadro clínico depende do grau de alteração valvar. O quadro clínico é caracterizado pela presença de grave comprometimento geral, estado infeccioso e sinais de franca ICC (insuficiência cardíaca congestiva). A indicação de cirurgia deve então ser cogitada, pois parece ser a única forma de interferir na péssima evolução destes casos. Por outro lado, a insuficiência mitral crônica do adulto é mais frequente e progride de modo lento. A fadiga e as palpitações são características desta fase evolutiva. Às vezes, não se observa progressão dos sintomas durante anos, porém, pelo fato de o ventrículo esquerdo continuar dilatando-se, o paciente pode perceber movimentos precordiais e batimentos mais vigorosos que aumentam de intensidade através do tempo. Os sintomas de hipertensão venocapilar ocorrem, frequentemente, em fases terminais da doença. A evolução dos sintomas depende do grau de regurgitação que, por sua vez, depende do grau de lesão. São raras as hemoptises (perda de sangue de origem respiratória), fenômenos embólicos, caquexia (perda de peso) e dor coronariana. A inspeção do precórdio pode ser de valor em casos acompanhados de dilatação ventricular. A palpação precordial fornece mais informações mostrando, nas fases iniciais, frêmito sistólico ao nível da área mitral. A auscultação é, sem dúvida, o melhor método para o diagnóstico de insuficiência mitral. De início, um sopro holossistólico de alta frequência. A intensidade da primeira bulha diminui como consequência de ausência de área de desaceleração ocasionada pelo deficiente fechamento valvar. Com aumento da sobrecarga de volume do ventrículo esquerdo, favorece a presença da terceira bulha. A segunda bulha aórtica pode ser inaudível. Nos dados radiológicos (Raios X), há um visível aumento proporcional do átrio e ventrículo esquerdos, sendo achados característicos. Ocasionalmente, a atriomegalia pode ser tão grande (átrio “cisterna”) ao ponto de dificultar a avaliação das outras câmaras cardíacas. ECG, Eco, etc. O que melhor pode ser visto, como diagnóstico do anel mitral, é uma calcificação da estrutura (depósito de cálcio nos elementos fibrosos do anel). Também podem ocorrer, alterações das lacínias, rotura de cordoalha tendinosa, rotura do músculo papilar, disfunção do músculo papilar, e síndrome do “estalido” (prolapso da valva mitral). As bases patológicas deste estalido não são totalmente conhecidas. Normalmente, 20% dos pacientes são assintomáticos, ocorre mais em mulheres, é um estalido mesossistólico, geralmente de alta frequência. Sugerem que o estalido é produzido pela brusca tensão, durante a sístole ventricular, do conjunto valva-corda deformado pelo processo degenerativo. O ruído pode ser confundido com atrito pericárdico. A ventriculografia pode dar o diagnóstico, de modo característico, do prolapso.
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