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 Motilidade Esofagiana (O Mecanismo de Contensão do Refluxo)

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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Motilidade Esofagiana (O Mecanismo de Contensão do Refluxo)   Motilidade Esofagiana (O Mecanismo de Contensão do Refluxo) Icon_minitimeQui maio 22, 2014 5:21 pm

Motilidade Esofagiana
O Mecanismo de Contensão do Refluxo Gastroesofágico

A motilidade esofagiana, normal, exige:
1. Integridade da musculatura;
2. Integridade da inervação intrínseca;
3. Integridade vagal.
Descrevem-se três tipos de ondas do esôfago:
1. Onda primária - que inicia-se com a deglutição, no momento do relaxamento do esfíncter superior do esôfago. Desloca-se, ininterruptamente, até à cárdia, com uma velocidade que vai diminuindo progressivamente;
2. Onda secundária - Independe da deglutição e, é provocada por estímulos locais: distensão, presença de restos do bolo alimentar. Inicia-se depois da onda primária e propaga-se com a mesma velocidade, confundindo-se com ela e reforçando a propulsão;
3. Onda terciária - Contração espontânea da musculatura lisa. Não é propulsiva. É encontrada em cerca de 17% de jovens normais e em percentagem ainda maior de velhos. Aumenta quando o plexo mioentérico está comprometido, na hérnia hiatal e nos espasmos esofagianos.
QUAIS EXAMES, PARA PODEMOS AVALIAR ESTA MOTILIDADE?
FALEMOS, AGORA, da MANOMETRIA.
A manometria é o registro da pressão das contrações da musculatura do esôfago e dos esfíncteres esofágicos. Utiliza-se um conjunto de 2 ou 3 tubos de polietileno ou polivinil, com 1mm de diâmetro interno, com as extremidades distais afastadas entre si 2 ou 5cm e ligadas a manômetros elétricos, situados ao mesmo nível dos orifícios dos tubos de transmissão de pressão. Com o paciente em jejum, deitado, o conjunto é introduzido pela boca até o estômago, sobre controle radioscópico. Depois da tomada de pressão no estômago, o conjunto é retirado vagarosamente, fazendo-se uma parada a cada centímetro para registro das pressões de repouso e de deglutição. Assim, são estudados, sucessivamente, o esfíncter inferior do esôfago ou segmento de alta pressão, o corpo do esôfago, e o esfíncter superior ou faringoesofágico. Na faringe, a pressão é igual à pressão atmosférica, numa onda positiva rápida de grande amplitude; ao nível do esfíncter a pressão é positiva; no corpo a pressão de repouso é negativa, ao nível do esfíncter inferior a pressão é positiva, e no estômago a pressão de repouso é positiva.
As alterações de motilidade podem ser encontradas nas seguintes condições:
1. Divertículos do esôfago - No Divertículo de Zenker há incoordenação neuromuscular entre a contração dos constritores da faringe e o relaxamento do cricofaríngeo do que resulta aumento da pressão. A manometria mostrará uma onda positiva na faringe, duradoura de grande amplitude. Nos demais segmentos, nenhuma anormalidade;
2. Esclerodermia - Aqui as fibras são atrofiadas e há um aumento de tecido colágeno e alterações inflamatórias. A motilidade é normal no 1/3 superior onde a musculatura é estriada. Há ondas primárias de amplitude baixa e acalasia do esfíncter inferior;
3. Espasmo esofagiano - Há uma acréscimo de ondas terciárias;
4. Diabetes mellitus - Como consequência da neuropatia do sistema nervoso vegetativo e pela angiopatia degenerativa observa-se uma diminuição da amplitude da contração faringiana e diminuição da pressão de repouso do esfíncter inferior;
5. Megaesôfago - Há destruição das células ganglionares do plexo mioentérico, exemplo por etiologia da doença de Chagas. Há na manometria, contrações múltiplas, ausência de relaxamento e abertura anômala;
6. Alcoolismo Crônico - Diminuição da amplitude da onda primária e, a pressão no esôfago é inferior à do estômago
Do exposto:
1. A Manometria é utilizada com frequência?
2. Quais exames poderiam esclarecer melhor, ou contribuir, para o diagnóstico ESPECÍFICO de Divertículo de Zenker, Megaesôfago, Esclerodermia, Espasmo esofagiano, Alcoolismo crônico e Diabetes mellitus, respectivamente?

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