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 Álcool e Fígado

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Amanda Mirela Rodrigues
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Hélia Cannizzaro
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeSex maio 09, 2014 12:38 am

Álcool e Fígado
O papel do álcool como responsável por doenças hepáticas foi reconhecido já no século XVI por Vesálio. Dois fatores, a dose de álcool e a suscetibilidade individual, intervêm no determinismo das lesões hepáticas. A duração e a quantidade de álcool ingerido influem mais do que o tipo de bebida consumida. De forma surpreendente, por razões imputadas genéticas, um percentual importante de alcoólatras crônicos (60-70%) apresenta unicamente lesões leves, sem chegar à cirrose hepática. Isso demonstra diferentes graus na capacidade individual de metabolizar o álcool. A teoria de que a lesão alcoólica era determinada por déficit nutricional foi banida, mesmo que o déficit nutricional deva ser considerado hoje como coadjuvante. O álcool é absorvido facilmente pelo tubo digestivo. Metaboliza-se em 90-98% no fígado, sendo eliminada a fração restante por outras vias, particularmente o aparelho respiratório e o rim. No fígado, o álcool oxida-se a aldeído acético mediante uma enzima, a álcool-desidrogenase, e logo à acetil coenzima A mediante a aldeído-acético-desidrogenase. Nesse processo de oxidação, o H+ liberado é captado por um receptor de íons hidrogênio da fração solúvel do citoplasma celular, o DPN que se reduz a DPNH. O excesso de DPNH e o aumento da relação DPNH/DPN inibem a eficácia do ciclo do ácido cítrico no interior da fração mitocondrial da célula, o que determina uma diminuição da oxidação dos ácidos graxos. Existe, além disso, um sistema acessório do metabolismo do álcool, o MEOS (sistema oxidante microssomal do etanol) localizado no REL que intervém também no metabolismo de certos fármacos. A diminuição da oxidação dos ácidos graxos determina a acumulação destes no interior da célula hepática. Por um mecanismo não determinado, completamente, os ácidos graxos sofrem uma esterificação a triglicerídeos, os quais são os lipídeos que se acumulam em excesso no fígado do alcoólatra. Várias patologias hepáticas podem ocorrer no alcoolismo, como cirrose hepática, hepatite alcoólica aguda, esteatose hepática alcoólica, hemocromatose, cirroses biliares, etc. Numerosos estudos permitem relacionar com segurança o alcoolismo crônico com o aparecimento de cirrose hepática. A primeira descrição da cirrose hepática foi realizada por Erisistrato de Alexandria no ano 300 a.C. (“um fígado duro e pétreo). A utilização do termo “cirrose” foi estabelecida pela primeira vez por Laennec, deriva do grego Kirros que significa amarelo (pela cor pardo-amarelada dos nódulos de regeneração). A cirrose é uma doença crônica e difusa do fígado cujo diagnóstico de certeza baseia-se na histopatologia após biópsia hepática. Sua existência é suspeitada pela clínica médica. Há 3 tipos de lesão histológica: Necrose (que vai desde lesões degenerativas até necrose celular); Fibrose (tecido conjuntivo cicatricial); e nódulos de regeneração (tecido hepático rodeado de tecido fibroso que altera sua vascularização e que são característicos no diagnóstico de cirrose hepática através do anatomo-patológico pós biópsia). A cirrose hepática pode ter origem (=etiologia) desconhecida, e nem toda cirrose hepática tem etiologia por alcoolismo. A cirrose hepática pode ser classificada em 2 grupos: portal (septal ou micronodular) menos frequente nos alcoólatras; e multilobar (macronodular) frequentemente por álcool e hepatite viral. A cirrose macronodular apresenta grandes nódulos de regeneração que afloram na superfície hepática, dando ao fígado um aspecto macroscópico totalmente irregular. A cirrose pode ser devida, como falamos, a várias patologias. A hepatite A (viral) raramente evolui para cirrose, a hepatite B mais frequentemente. O álcool é um tóxico hepático direto e calcula-se que 10% dos alcoólatras apresentem cirrose hepática. A hepatite crônica agressiva sempre evolui para cirrose hepática. A Doença de Wilson (depósito irregular de cobre no interior dos hepatócitos) cursa com cirrose macronodular. A hemocromatose (depósito irregular de ferro) cursa com cirrose macronodular. A cirrose biliar primitiva (com fibrose dos condutos biliares migra para os lóbulos com evolução micronodular). Na anatomia patológica, os fígados alcoólicos (gordurosos) costumam pesar de 4 a 6 Kg, porém à medida que a cirrose progride menor capacidade de regeneração existe, e, então, há uma redução no tamanho do fígado com a progressão da patologia. Na necropsia, encontram-se inclusive fígados atróficos (atrofiados). A superfície sempre irregular com nódulos. Microscopicamente, a necrose pode ser muito extensa com focos inflamatórios (infiltrado portal e lobular com linfócitos, monócitos, polimorfonucleares e fibroblastos). Os espaços porta parecem muito alargados devido à fibrose, ao infiltrado inflamatório e ao edema intersticial. Dá para sentir facilmente aqui a dificuldade obstrutiva que se depara o sangue provindo das mesentéricas e esplênica para desembocar na porta. Começa a existir um extravasamento de plasma através de suas colaterais (para vencer o obstáculo) com consequente presença de líquido na cavidade abdominal chamado ascite (ou vulgarmente barriga d´água). Essas colaterais também ocorrem no esôfago com tendência a sangramento digestivo (varizes esofagianas). Tudo pela ocorrência de Hipertensão Portal. Os nódulos de regeneração são tão intensos que costumam impedir a visualização da veia centrolobular, centrada em cada lóbulo hepático. Clinicamente, há uma forma compensada da doença e uma forma descompensada. A faixa etária frequente da doença é entre 40 – 70 anos. Na Cirrose hepática compensada é frequente não causar nenhuma queixa subjetiva (cirrose latente). Aqui mora o perigo, pode ser descoberta em outra cirurgia ou em achado de necropsia. Em outros casos, apresenta flatulência e digestões pesadas, o que pode indicar também uma gastrite concomitante. Não é infrequente em alcoólatras, úlceras perfurantes (rompimento até a serosa, inclusa). Pode existir uma hepatomegalia dura indolor (=aumento do fígado) com ou sem esplenomegalia (=aumento do baço) que aumentam progressivamente. Pode ser visualizado ou não angiomas cutâneos (lembrar dos fatores de coagulação que são produzidos pelo fígado), assim como epistaxe (sangramento de origem nasal) e gengivorragia. Na dosagem sanguínea pode ocorrer ou não, na forma compensada, um leve aumento de gamaglobulinas (=imunoglobulinas = anticorpos), transaminases (enzimas intracelulares, que após necrose celular caem nos capilares e finalmente na corrente sanguínea), e urobilinogênio urinário. A cirrose hepática descompensada aparece com ascite, encefalopatia hepática e hemorragia digestiva, entre outras expressões clínicas. Estado geral alterado, com astenia, anorexia (=falta de apetite), indigestão e epigastralgias (=dores do epigástrio). Grande meteorismo (=gases) e distensão abdominal que precede a ascite. Febre pela necrose hepática e/ou co-infecção. Perda de libido e falta de ereção. Amenorréia (=sem menstruação) precoce e esterilidade. Icterícia (que pode ser devido à falta de conjugação da bilirrubina indireta em direta ou por obstrução dos ductos biliares = bilirrubina direta). Hipertensão portal cuja expressão clínica dessa circulação colateral aparece na região periumbilical e flancos. Ascite. Insuficiência hepatocelular. A encefalopatia hepática se expressa em transtornos neuropsiquiátricos, flapping tremor e coma. Fenômenos hemorrágicos. Úlcera gastroduodenal. Hiperglicemia (=aumento de glicose na corrente sanguínea. Incapacidade de estoque). Câncer de fígado (18%). De forma geral no laboratório: Aumento de bilirrubinas, aumento de transaminases, aumento de fosfatases alcalinas, hipoalbuminemia (aqui é oportuno pensar, se a albumina é responsável pela pressão oncótica, que mantém o sangue circulante dentro do vaso sob pressão, sua diminuição agrava ainda mais o extravasamento intersticial, mais edema, mais ascite. Lembrando, que a albumina é sintetizada pelo fígado), elevação das gamaglobulinas, aumento de INR (tempo de protrombina), aumento de VHS (velocidade de hemossedimentação, devido ao aumento de Acs), anemia, plaquetopenia e leucopenia (quando da ausência de infecção). Os cirróticos alcoólicos respondem melhor que as cirroses pós-hepatites. A icterícia, encefalopatia e ascite são sinais sombrios da doença (=prognóstico). A Histologia é muito útil para estabelecer um critério evolutivo. Deve ser evitado nesses pacientes o uso de aspirina, barbitúricos ou tranquilizantes pelo risco de hemorragias digestivas com aspirina e pelo risco de encefalopatia hepática, pelos segundos. Nos transtornos de coagulação, vitamina K. A administração de corticosteroides não melhora a evolução.
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Patrícia Trindade




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeDom maio 11, 2014 11:50 am

Professora, eu já havia pesquisado antes sobre a hemocromatose, trata-se de uma doença genética na qual se nota um acúmulo excessivo de ferro nos tecidos, principalmente nos hepatócitos e que leva o indivíduo a ter chances maiores de desenvolver fibrose e cirrose hepática, e carcinoma hepatocelular, devido ao stress oxidativo. Uma das recomendações que são dadas ao paciente é a não ingestão de bebidas alcoólicas, porque o álcool ajuda na absorção de ferro e potencializa a lesão hepática.
Já a ascite, caracterizada pelo extravasamento de plasma através do peritônio (acúmulo de líquido intra-abdominal), pode ser consequência da cirrose hepática, uma vez que esta doença causa a redução da quantidade de proteínas do plasma, como a albumina, que é produzida pelo fígado, o que altera a pressão coloidosmótica, logo, a proteína não é mantida no interior do vaso. Ascite pode estar relacionada, então, à hemocromatose, devido à pré-disposição à cirrose nestes pacientes.
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Livia Ribeiro Gondim




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 13, 2014 2:18 am

Professora gostaria de pedir uma postagem que fizesse de forma tão completa como a do fígado a análise da interação álcool e sistema nervoso central, focando nos achados histológicos que indicam a lesão celular causada por esse composto as células nervosas.
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Amanda Mirela Rodrigues




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 13, 2014 11:31 pm

Metabolismo do álcool

O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.

Um adulto de 70kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.

O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo
diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.

Usuários crônicos de álcool costumam nele obter 50% das calorias necessárias para o metabolismo. Por isso, frequentemente desenvolvem deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B.
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Taina Norat

Taina Norat


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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeQui maio 15, 2014 7:30 pm

Professora,
ao ler alguns artigos vi que a mulher é mais susceptíveis ao dano hepático, entre outros fatores, porque tem menos líquido corporal e a atividade da álcool desidrogenase gástrica é menor.
Também me interessou o fato do álcool diminuir a imunidade por meio de efeitos supressores na TNF(citocina ativadora da fosfolipase A2), diminuição da ação bactericida dos neutrófilos(redução das desgranulações e da geração do oxigênio ativo), perda progressiva dos linfócitos e atrofia do timo e das placas de Peyer, causando um aumento na susceptibilidade às infecções(ex.: hepatites).
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isissena




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeDom maio 18, 2014 2:51 pm

Quando falamos em alcoolismo, o `personagem` quem primeiramente pensamentos é o próprio consumidor, mas esquecemos, por alguns momentos, nas vítimas indiretas. Além dos danos dos familiares, queria me ater aqui a um dano indireto que me chamou a atenção: A síndrome do alcoolismo fetal (SAF). Os danos do bebê variam entre:

- Baixo crescimento enquanto o bebê está no útero e depois do nascimento;
- Tônus muscular reduzido e baixa coordenação;
- Desenvolvimento tardio e problemas nas três áreas principais raciocínio, fala, movimento ou habilidades sociais;
- Defeitos cardíacos como comunicação interventricular (CIV) ou comunicação interatrial (CIA);
- Problemas no rosto, incluindo: Olhos estreitos com grandes pregas epicânticas;

Etc, Etc..

Dois pontos quero destacar aqui, um deles é o dano do bebê que mais me chama atenção: a predisposição ao álcool que bebê filho de alcoólatra já tem, mesmo sem ter pedido por isso. E o quanto o alcoolismo é uma doença grave, pois, mesmo gerando aquilo que vai vir a ser o ser mais importante para vida de uma mulher, seu filho, ela não deixa de fazer o consumo dessa droga.
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BiancaFerraz




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeDom maio 18, 2014 4:39 pm

Vale lembrar que o álcool também pode diminuir as reservas de ferro no organismo, e isto pode ser muito perigoso em doenças na qual o indivíduo possui uma diminuição na oferta de ferro ou na síntese do heme, como no caso da porfiria, oque pode causar desde anemia até outros problemas mais graves como o acúmulo de intermediários da síntese do heme. Pois o álcool pode ser metabolizado por hemeproteínas, oque irá contribuir para uma competição pelo heme entre as desse papel e outras estruturas que utilizam heme como enzimas, mioglobina e hemoglobina.
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nadine fonseca




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeDom maio 18, 2014 4:57 pm

Isso, Bianca, e no caso da dificuldade de síntese da porfirina, pode inclusive levar a acumulação dos intermediários " não fisiológicos " que atingem dos neurônios à pele, além de dificultar o processo de detoxicação hepática, como por exemplo pós consumo de álcool, daí as crises da doença de porfiria, acontecerem, por exemplo, pós ingestão de álcool.
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 20, 2014 7:36 pm

Patrícia Trindade
A ascite pode ocorrer, também, em outras patologias, como esquistossomose, leishmaniose, etc.
Não é a proteína que não é mantida no interior do vaso, como você afirmou.
Há uma menor secreção de albumina (por lesão hepática), diminuição da pressão coloidosmótica, e agora, sim,
o plasma é extravasado do interior do vaso para o espaço intersticial = ascite.

Patrícia Trindade escreveu:
Professora, eu já havia pesquisado antes sobre a hemocromatose, trata-se de uma doença genética na qual se nota um acúmulo excessivo de ferro nos tecidos, principalmente nos hepatócitos e que leva o indivíduo a ter chances maiores de desenvolver fibrose e cirrose hepática, e carcinoma hepatocelular, devido ao stress oxidativo. Uma das recomendações que são dadas ao paciente é a não ingestão de bebidas alcoólicas, porque o álcool ajuda na absorção de ferro e potencializa a lesão hepática.
Já a ascite, caracterizada pelo extravasamento de plasma através do peritônio (acúmulo de líquido intra-abdominal), pode ser consequência da cirrose hepática, uma vez que esta doença causa a redução da quantidade de proteínas do plasma, como a albumina, que é produzida pelo fígado, o que altera a pressão coloidosmótica, logo, a proteína não é mantida no interior do vaso. Ascite pode estar relacionada, então, à hemocromatose, devido à pré-disposição à cirrose nestes pacientes.
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 20, 2014 7:38 pm

Farei sim, Livia Ribeiro Gondim

Livia Ribeiro Gondim escreveu:
Professora gostaria de pedir uma postagem que fizesse de forma tão completa como a do fígado a análise da interação álcool e sistema nervoso central, focando nos achados histológicos que indicam a lesão celular causada por esse composto as células nervosas.
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 20, 2014 7:40 pm

Ótima informação, Amanda Mirela Rodrigues

Amanda Mirela Rodrigues escreveu:
Metabolismo do álcool

O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.

Um adulto de 70kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.

O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo
diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.

Usuários crônicos de álcool costumam nele obter 50% das calorias necessárias para o metabolismo. Por isso, frequentemente desenvolvem deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B.
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 20, 2014 7:43 pm

Taina Norat
É muito interessante Álcool versus Imunidade Adquirida, e Álcool versus Imunidade Inata (na gravidez)
Irei,sim, escrever

Taina Norat escreveu:
Professora,
ao ler alguns artigos vi que a mulher é mais susceptíveis ao dano hepático, entre outros fatores, porque tem menos líquido corporal e a atividade da álcool desidrogenase gástrica é menor.
Também me interessou o fato do álcool diminuir a imunidade por meio de efeitos supressores na TNF(citocina ativadora da fosfolipase A2), diminuição da ação bactericida dos neutrófilos(redução das desgranulações e da geração do oxigênio ativo), perda progressiva dos linfócitos e atrofia do timo e das placas de  Peyer, causando um aumento na susceptibilidade às infecções(ex.: hepatites).
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Hélia Cannizzaro




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MensagemAssunto: Re: Álcool e Fígado   Álcool e Fígado Icon_minitimeTer maio 20, 2014 9:19 pm

Isis Sena
As graves repercussões das drogas, incluso álcool

isissena escreveu:
Quando falamos em alcoolismo, o `personagem` quem primeiramente pensamentos é o próprio consumidor, mas esquecemos, por alguns momentos, nas vítimas indiretas. Além dos danos dos familiares, queria me ater aqui a um dano indireto que me chamou a atenção: A síndrome do alcoolismo fetal (SAF). Os danos do bebê variam entre:

- Baixo crescimento enquanto o bebê está no útero e depois do nascimento;
- Tônus muscular reduzido e baixa coordenação;
- Desenvolvimento tardio e problemas nas três áreas principais raciocínio, fala, movimento ou habilidades sociais;
- Defeitos cardíacos como comunicação interventricular (CIV) ou comunicação interatrial (CIA);
- Problemas no rosto, incluindo: Olhos estreitos com grandes pregas epicânticas;

Etc, Etc..

Dois pontos quero destacar aqui, um deles é o dano do bebê que mais me chama atenção: a predisposição ao álcool que bebê filho de alcoólatra já tem, mesmo sem ter pedido por isso. E o quanto o alcoolismo é uma doença grave, pois, mesmo gerando aquilo que vai vir a ser o ser mais importante para vida de uma mulher, seu filho, ela não deixa de fazer o consumo dessa droga.
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