Doença Celíaca

Prezados colegas e Prof. Hélia, trago a seguir o link de um texto bastante esclarecedor sobre uma doença que, segundo estudos internacionais, atinge um em cada cem indivíduos no mundo e é responsável pela morte de milhares de pessoas todos os anos, especialmente devido ao seu desconhecimento: a doença celíaca.
Eu, como alguns já sabem, sou celíaco. Fui diagnosticado apenas aos 19 anos durante a realização de uma endoscopia para a confirmação de Refluxo Gastro-esofágico. Desde então, retirei completamente o glúten de minha dieta. Diagnósticos tardios como o meu ocorrem principalmente quando poucos sintomas são manifestados, mas, ainda assim, o consumo do glúten é bastante prejudicial às túnicas duodenais e, consequentemente, à absorção de nutrientes.
Enfim, acredito que a melhor forma de se diminuir o grande número de mortes que ainda ocorrem devido à doença celíaca seja através do conhecimento da mesma por parte de médicos, hospitais, indústria alimentícia e população em geral. Conto com vocês, então, para divulgação desta doença tão comum, mas ainda bastante desconhecida.

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_doenca_celiaca_livro_2010.pdf

Aqui, o site da Acelbra (Associação dos Celíacos do Brasil), que tem informações bastante esclarecedoras também:
http://www.acelbra.org.br/2004/index.php


Att,

Pablo Dias

Muito interessante, Pablo, lembrando que pesquisadores americanos estão pesquisando uma enzima que possa digerir o gluten, e já encontraram uma com 95 porcento de eficácia.

http://www.acs.org/content/acs/en/pressroom/presspacs/2012/acs-presspac-december-19-2012/toward-a-pill-to-enable-celiac-patients-to-eat-foods-containing-gluten.html

Mais um grande trabalho de Bioinformática Estrutural. A indústria farmacêutica, por exemplo, aprendeu a gastar menos em testes reais, utilizando os bioinformatas e bancos de dados privados de epitopos (uma pena que não sejam públicos) para desenvolver medicamentos. Toda simulação é feita no computador, com alta eficácia. Há mais ou menos dez anos atrás isso não seria possível.

Eduardo Caminha Nunes

Vale salientar também que não só a doença celíaca , mas as doenças de intolerância alimentar são geralmente negligenciadas, como ocorre com a intolerância a lactose que em casos mais graves pode levar a morte devido a um edema de glote. Está se tornando mais comum tanto pelo o aumento do consumo de leites e derivados quanto pelo envelhecimento da população, ja que é uma doença que tem tendência de surgir com o envelhecimento.
http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=391904&indexSearch=ID

Pablo Dias
Acabo de ler sobre seu depoimento e certamente você detém mais conhecimento sobre Doença Celíaca
(Enteropatia do Glúten, Espru não-tropical, Esteatorréia Idiopática) por conviver com suas dificuldades e
intempéries. Desde já me coloco à sua disposição.
Só uns comentários. A esteatorréia é demonstrável pela coloração pelo Sudan em duas ou mais amostras
de fezes ou pela determinação quantitativa total de gordura acumulada em amostras fecais colhidas durante
um período de 72 horas.
O teste de tolerância à xilose permite o DD (diagnóstico diferencial) entre a má absorção secundária ao comprometimento do transporte através da mucosa enferma e a má absorção decorrente do comprometimento da digestão na luz intestinal.
A biópsia do intestino delgado demonstra a presença de lesões características da mucosa, apesar de não específicas. Pacientes numa dieta sem glúten recuperam essas lesões da mucosa.
O diagnóstico final requer uma resposta definida à dieta sem glúten.
Deve-se pesquisar a presença de Acs antigliadina (a IgG é mais sensível, porém menos específica que a IgA) anti-retículo e Acs antiendomisial (A IgA é mais específica). Os Acs anti-reticulo são menos sensíveis (<50%), contudo mais específicos que os Acs anti-gliadina. Pode existir reação cruzada com D. Crohn.
Num dos artigos respeitáveis, recentes, que li, afirma: "Trata-se de um diagnóstico a ser considerado, em casos de anemia ferropriva na ausência de sangramento demonstrável, deficiência de folato inexplicada ou osteopenia de origem obscura.
Bem Pablo, seria possível você colaborar com a Turma:
1. O que você apresentou clinicamente aos 19 anos?
2. Qual etiologia desta patologia?
3. O que faz o glúten? Qual a etiopatogenia (mecanismo)?
Um grande abraço para você,
Hélia Cannizzaro

Pablo Dias escreveu:

Prezados colegas e Prof. Hélia, trago a seguir o link de um texto bastante esclarecedor sobre uma doença que, segundo estudos internacionais, atinge um em cada cem indivíduos no mundo e é responsável pela morte de milhares de pessoas todos os anos, especialmente devido ao seu desconhecimento: a doença celíaca.
Eu, como alguns já sabem, sou celíaco. Fui diagnosticado apenas aos 19 anos durante a realização de uma endoscopia para a confirmação de Refluxo Gastro-esofágico. Desde então, retirei completamente o glúten de minha dieta. Diagnósticos tardios como o meu ocorrem principalmente quando poucos sintomas são manifestados, mas, ainda assim, o consumo do glúten é bastante prejudicial às túnicas duodenais e, consequentemente, à absorção de nutrientes.
Enfim, acredito que a melhor forma de se diminuir o grande número de mortes que ainda ocorrem devido à doença celíaca seja através do conhecimento da mesma por parte de médicos, hospitais, indústria alimentícia e população em geral. Conto com vocês, então, para divulgação desta doença tão comum, mas ainda bastante desconhecida.

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_doenca_celiaca_livro_2010.pdf

Aqui, o site da Acelbra (Associação dos Celíacos do Brasil), que tem informações bastante esclarecedoras também:
http://www.acelbra.org.br/2004/index.php


Att,

Pablo Dias