Interessante VII

“A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível.”
―Michel Foucault

O mundo, a sociedade e o indivíduo possuem sua forma de se expor, seu lado visível, porém todos eles apresentam seu lado oculto, seus segredos, coisas que devem permanecer no invisível, por detrás da máscara da invisibilidade.A ficção seja ela na pintura, na literatura, ou no cinema, nada mais é do que a rachadura na máscara, o espinho na consciência que ignora uma parte do visível, que causa desconforto no olhar comum e comodista.

"Ver bem não é ver tudo, ver bem é ver aquilo que os outros não vêem".

Maravilhoso !

Murilo Vieira escreveu:

O mundo, a sociedade e o indivíduo possuem sua forma de se expor, seu lado visível, porém todos eles apresentam seu lado oculto, seus segredos, coisas que devem permanecer no invisível, por detrás da máscara da invisibilidade.A ficção seja ela na pintura, na literatura, ou no cinema, nada mais é do que a rachadura na máscara, o espinho na consciência que ignora uma parte do visível, que causa desconforto no olhar comum e comodista.

"Ver bem não é ver tudo, ver bem é ver aquilo que os outros não vêem".

Murilo, que colocação bem feita. Parabéns!

Concordo com Murilo! Inclusive essa citação no final me trouxe várias recordações. Acredito que a ficção seja uma forma "segura" de expormos o que existe por baixo das nossas máscaras, como dito anteriormente, sem o peso do julgamento e da culpa recair sobre nós mesmos.

Ingrid Jackel
A "culpa recair sobre nós mesmos" - é uma situação constrangedora e, que vivemos, lamentavelmente, a cada passo
de nossas existências. Nenhuma Culpa já diz o I Ching prefaciado por Jung, onde quase todos os hexagramas
sugerem: Nenhuma Culpa.
Nosso córtex cerebral parece se manter em eterna culpa. Culpa sem que ninguém desculpe, e, talvez, por isto, não
valha se desculpar. Culpa de ser um filho não ideal, um amigo decadente, um amante infrequente, um aluno
não dos melhores... enfim, tudo que criticamos se afasta de nós. Nos afastamos de nós mesmos, enfim.
É preciso nos amar, de verdade. É possível, eu vou chegar lá!!!...
Como em Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, tudo começa na Infância no Caminho de Swann e termina
apoteoticamente, falando e vivendo, no Tempo Redescoberto.
Hélia Cannizzaro

Ingrid Jackel escreveu:

Concordo com Murilo! Inclusive essa citação no final me trouxe várias recordações. Acredito que a ficção seja uma forma "segura" de expormos o que existe por baixo das nossas máscaras, como dito anteriormente, sem o peso do julgamento e da culpa recair sobre nós mesmos.