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Projeto Conhecimento Virtual Profa. Hélia Cannizzaro
 
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 Emergências Vasculares Periféricas

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4 participantes
AutorMensagem
Hélia Cannizzaro




Mensagens : 1065
Data de inscrição : 23/06/2013

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MensagemAssunto: Emergências Vasculares Periféricas   Emergências Vasculares Periféricas Icon_minitimeDom Out 27, 2013 9:18 pm

Emergências Vasculares Periféricas
Representa as enfermidades de qualquer vaso sanguíneo fora do coração, inclusive dos vasos linfáticos. As arteriais (oclusões arteriais agudas, aneurisma dissecante da aorta, etc.), venosas (trombose venosa aguda) e traumatismos (arteriais e venosos).

OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA
É uma emergência e pode ser devido a embolia ou trombose arterial. O membro pode evoluir para gangrena e amputação. Em geral, são pacientes com problemas cardíacos, pulmonares e outros. A fonte mais comum de êmbolos é o coração - 90% dos casos. Causas: fibrilação atrial, próteses de valvas, aneurismas arteriais, placas e ateromas que se ulceram, endocardite bacteriana, etc. Os MMIIs (membros inferiores) são acometidos em 85%. Nas tromboses arteriais, a placa aterosclerótica vai reduzindo a luz arterial e se ulcera formando-se na superfície irregular um trombo. Clinicamente, o quadro de oclusão arterial é SÚBITO, com dor intensa no membro afetado, que se torna frio e pálido e impotência funcional. A gravidade depende da artéria ocluída e grau de circulação colateral (compensatória). É importante definir se é êmbolo ou trombose POIS OS TRATAMENTOS SÃO DIFERENTES. A embolia dá início aos seus sintomas com dor súbita já a trombose o faz com dormência GRADATIVA. No tratamento da embolia, em geral devido a cardiopatias, melhora-se com antiarrítmicos e analgésicos, inicialmente. Este paciente receberá heparina 5000 a 7500U, repetida a cada 4 horas. Esses anticoagulantes são mantidos no pós-operatório para prevenir recidiva. Após a introdução do cateter de Fogarty houve simplificação da cirurgia que passou a ser feita com anestesia local. Insufla-se o balão e torna a retirá-lo (embolectomia). O tratamento da trombose arterial é mais complexo. Há que fazer uma arteriografia para planejamento da cirurgia. Com leito vascular normal, após o segmento arterial ocluído, utiliza-se a técnica de desvio em PONTE com veias safenas ou próteses arteriais. O índice de amputação é maior com trombose.(tentar compor um desvio em ponte, num DALI, VISUALIZANDO AS TÚNICAS E TRANSPOSIÇÃO DO TROMBO).

ANEURISMAS DISSECANTES
Aneurisma palavra de origem grega que significa DILATAÇÃO. Dos pacientes não tratados, 70% morrem depois de 2 a 3 semanas. A medionecrose cística da aorta é pré-requisito. Uma causa coadjuvante que acompanha todos os casos é a HA. A etiopatogenia, é a ruptura dos vasa vasorum (vasos do vaso na adventícia e média), formação de hematoma com laceração da íntima (dissecção no sentido histológico longitudinal e circunferencial). Sintomas que se assemelham a IAM, AVC, abdome agudo ou oclusão arterial aguda. Início súbito com dor violenta na região anterior ou posterior do tórax com propagação para região lombar, nádegas e pernas. Palidez, sudorese. O ECG mostra hipertrofia ventricular esquerda. No raio X de tórax, alargamento da sombra aórtica. Cirurgicamente, busca-se a transecção da aorta com sutura histológica dos planos dissecados e depois anastomose término-terminal (junção das túnicas sadias pré e pós lesão (outra opção para o DALI). O tratamento clínico concomitante pode ser feito com trimetafan, reserpina e guanetidina.

TROMBOSE VENOSA
Conhecida como trombose venosa aguda ou tromboflebite, flebotrombose, doença tromboembólica. A base patogênica é a hipercoagulabilidade do sangue, lesão da parede (histologia) venosa (espessamento da túnica íntima e depósito de colesterol na túnica média = aterosclerose) e estase (lentidão) do sangue dentro da veia. Existe as idiopáticas (por causa=etiologia desconhecida). O diagnóstico é clínico. Em veias da região sural (panturrilha) há dor à palpação, edema é raro, pode haver dorsiflexão do pé e é o tipo mais comum em pós-operatório. Nas veias da região iliofemoral há edema de todo o membro com sensibilidade à palpação no trígono femoral. Pele levemente cianótica. Na veia cava inferior, análoga à iliofemoral porém com sinais bilaterais. O tratamento é repouso no leito sem se prolongar por mais de 2 semanas. Elevação do membro em torno de 30 graus, compressas mornas, antiinflamatórios não hormonais, anticoagulantes, dextran, trombolítico (estreptoquinase). O tratamento cirúrgico, trombectomia, segue os mesmos princípios da arterial. É feita com cateter de Fogarty com extrema cautela para evitar embolia pulmonar.

TRAUMATISMOS VASCULARES
Em 60% das lesões arteriais existe também venosa. Houve nos últimos anos uma grande evolução na restauração de vasos lesados, e, certamente, a Segunda Guerra Mundial contribuiu, paradoxalmente, para a necessidade premente desta evolução. Entre os fatores etiológicos mais frequentes, armas de fogo, armas brancas, agulhas, pregos, vidros, acidentes automobilísticos, cateterismos, circulação extracorpórea em cirurgias cardíacas. A primeira medida é o controle da hemorragia para evitar que o paciente faça um choque hipovolêmico dependendo da proporção do acidente, e em seguida correção cirúrgica.






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Cláuhan W. Santos




Mensagens : 4
Data de inscrição : 04/11/2013

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MensagemAssunto: Re: Emergências Vasculares Periféricas   Emergências Vasculares Periféricas Icon_minitimeSex Nov 15, 2013 1:05 am

Gostaria de comentar sobre a relação entre a síndrome de Marfan e uma maior incidência de aneurismas nesses pacientes.Em portadores dessa síndrome há um defeito no gene que codifica a glicoproteína fibrilina,elemento importante para a formação de fibras elásticas.Problemas na constituição do tecido conjuntivo vascular alteram as propriedades da parede do vaso.Nesses pacientes a parede vascular é mais rígida que o normal,a diminuição da complacência arterial causa a dilatação aórtica crônica,sendo mais comum na sua porção ascendente.A ecocardiografia transtorácica é importante para saber se a dilatação ocasionou uma dissecação silenciosa.O tempo economizado em um diagnóstico não invasivo aumenta a probabilidade de sobrevivência em pacientes que necessitem de tratamento cirúrgico.Para evitar complicações graves como aneurisma dissecante da aorta recomenda-se que pacientes da síndrome de Marfan utilizem fármacos da classe dos betabloqueadores para diminuir a frequência e a força dos batimentos cardíacos,como o atenolol e o propranolol,reduzindo a pressão arterial.Exercícios físicos intensos que exigem muito esforço do coração não são recomendados para esses pacientes.

FONTE:http://www.marfan.com.br/pesquisas_tratamento/trabalhos/trabalhos_cientificos/sindrome_marfan.pdf
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Marina Zarzar




Mensagens : 6
Data de inscrição : 24/10/2013

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MensagemAssunto: Re: Emergências Vasculares Periféricas   Emergências Vasculares Periféricas Icon_minitimeSex Nov 15, 2013 4:03 pm

Achei muito interessantes esses distúrbios!
Não tinha entendido o que eram aneurismas dissecantes nem medionecrose cística da aorta, então resolvi pesquisar:
Aneurismas dissecantes acontecem quando o sangue penetra na parede do vaso, geralmente associado à ruptura da túnica íntima, ocasionando uma separação das camadas. O sangue passa, então, a circular em um "falso lúmen" de extensão variável, uma espécie de canal paralelo ao longo do interior da parede arterial. Apesar de ser bem mais raro que o infarto do miocárdio, o aneurisma dissecante da aorta é bem mais grave, ocorrendo hemorragias, com formação ou não de hematomas.
Já medionecrose cística da aorta pode ser relacionado à formação de um aneurisma dissecante da aorta, pois consiste em pequenos focos que aparecem como pequenas fendas ou cistos entre as lamelas elásticas da túnica média, sendo, assim, pontos fracos que podem ceder ao impacto do pulso sanguíneo.
A degeneração cística da túnica média ocorre principalmente na Síndrome de Marfan, na Síndrome de Ehler-Danlos, na Doença de Erdheim e na Síndrome de Turner.


Fontes:
http://www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/10/55.pdf
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=134
http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/01/20/disseccao-da-aorta-aneurisma-dissecante-da-aorta/
http://anatpat.unicamp.br/pecascard12.html
http://portaldocoracao.uol.com.br/tags/aneurisma-dissecante-da-aorta
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George Augusto da F C A L




Mensagens : 3
Data de inscrição : 25/10/2013

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MensagemAssunto: Re: Emergências Vasculares Periféricas   Emergências Vasculares Periféricas Icon_minitimeSex Nov 15, 2013 4:29 pm

Gostaria de comentar sobre o tópico de aneurismas aórticos, que podem ser no seguimento torácico ou abdominal da aorta. E tem causas, sintomas e tratamentos diferenciados para cada tipo, por incrível que pareça. Me deterei ao Aneurisma Aórtico Torácico.
Esse aneurisma ocorre na maior artérias do corpo e no seguimento superior ao diafragma (que é a referência que divide as partes abdominal e torácica). O motivo mais comum é o endurecimento arterial (aterosclerose) que é um processo inflamatório crônico mais comum em pessoas com colesterol alto, pressão sanguínea elevada, ou mesmo que fumam. Outros fatores de risco são distúrbios do tecido conjuntivo, como a síndrome de Marfan já citada por Clauham, inflamação da aorta, doenças como sífilis e traumas (como quedas e acidentes de trânsito). O exame físico geralmente não aponta nada (caso aponte, é indicação de ruptura ou vazamento). Geralmente, essa emergência vascular é descoberta quando o paciente se submete a exames por outras causas: radiografias de tórax, ecocardiograma, tomografia computadorizada de tórax etc. Mas, um aortograma (um conjunto especial de imagens de raio X feitas quando um contraste é injetado na aorta) consegue identificar o aneurisma e quaisquer ramificações da aorta envolvidas. A sintomatologia é "discreta", ou seja: o paciente passa anos assintomático até que o aneurisma comece a crescer rapidamente, se romper e vazar. aneurisma pressionar estruturas próximas, os seguintes sintomas poderão surgir:rouquidão, problemas para engolir, respiração aguda , inchaço no pescoço, dores nas costas ou no peito, pele viscosa, náusea e vômito ritmo cardíaco acelerado, baixa pressão sanguínea. tratamento depende da localização do aneurisma. A aorta compreende três partes:
1)Aorta ascendente: primeira parte, vai até a cabeça.
2)Arco aórtico: parte do meio, é curvada.
3)Aorta descendente: terceira parte, vai até os pés.

O tratamento para pacientes com aneurimas da aorta ascendente ou do arco de aorta: a cirurgia para substituir a aorta é aconselhável caso o aneurisma tenhas mais de 56 centímetros. A aorta é substituída por um enxerto de plástico ou de tecido. É uma cirurgia complexa que requer o uso da máquina coraçãopulmão. Já para pacientes com aneurismas da aorta torácica descendente:Uma cirurgia séria é realizada para substituir a aorta por um enxerto de tecido caso o aneurisma tenha mais de 6 centímetros.
O implante de stents (fixadores) endovasculares é a opção menos invasiva. Um stent é um pequeno tubo plástico ou metálico usado para manter a artéria aberta. Os stents podem ser implantados no corpo sem cortes no peito. Ainda assim, nem todos os pacientes com aneurisma torácico descendente são candidatos para a implantação dessa endoprótese.

Há também o reparo de aneurisma da aorta - endovascular
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MensagemAssunto: Re: Emergências Vasculares Periféricas   Emergências Vasculares Periféricas Icon_minitime

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