Hemoglobina Fetal (HbF)

A Hb alfa2gama2 está presente acima de 50% no nascimento; diminuição gradual abaixo de 5% por volta dos 5 meses, e abaixo de 2% após 2 anos de idade.
Está aumentada em várias hemoglobinopatias (patologias das Hb), como em pacientes com talassemia (falta parcial ou total da cadeia beta), na doença falciforme, persistência hereditária de HbF, anemia perniciosa, alguns pacientes com leucemia especialmente mieloide, mieloma múlttiplo (tumor imunológico), anemia aplásica (por drogas, medicamentos tóxicos, infecções, idiopáticas = sem causa aparente) e infecções virais crônicas.

Achei esse gráfico comparativo:

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A hemoglobina fetal(α2γ2) diferencia-se da hemoglobina adulta(α2β2) pela composição proteica. Essa diferença na cadeia da proteína é responsável por mediar a transferência de oxigênio da placenta para o feto, pois a HbF tem uma maior afinidade por O2 do que a Hb adulta – como visto no gráfico acima demonstrado por Danilo.

Ótimo, Danilo Aires

Danilo Aires escreveu:

É interessante lembrar que, para determinados valores de pressão, a hemoglobina fetal é mais ávida pelo oxigênio que a hemoglobina materna. Isso facilita a troca gasosa entre o sangue materno e o sangue do bebê pela placenta.

Achei esse gráfico comparativo:

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Philippe Rego
Lido

phillipe rego escreveu:

A hemoglobina fetal(α2γ2) diferencia-se da hemoglobina adulta(α2β2) pela composição proteica. Essa diferença na cadeia da proteína é responsável por mediar a transferência de oxigênio da placenta para o feto, pois a HbF tem uma maior afinidade por O2 do que a Hb adulta – como visto no gráfico acima demonstrado por Danilo.

Recentemente li uma notícia interessante no site da Unicamp, sobre uma palestra de uma pesquisadora chamada Swee Lay Thein, da área de hematologia do King's College London, em que ela afirma que existem três áreas que respondem de 20% a 50% da variação comum dos níveis de hemoglobina fetal em pacientes com anemia falciforme e talassemia. Dois deles incluem oncogenes. Desse modo, os pesquisadores são desafiados a delinear essas variantes a fim de reproduzir uma reativação terapêutica, permitindo um melhor aconselhamento genético e um diagnóstico pré-natal de doenças da hemoglobina.

http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2012/09/27/hemoglobina-fetal-e-o-tratamento-da-anemia-falciforme

Um assunto importante de se analisar, ainda quando se fala de hemoglobina fetal, é como ela pode atuar para minimizar manifestações clinicas de certas patologias. Um exemplo dessa atuação se observa no caso da anemia falciforme, pois os sintomas dessa doença aparecem cerca de seis meses após a vida neo-natal, justamente quando os níveis de HbF já estão baixos. Sabe-se que as células-F apresentam baixa concentração de HbS(hemoglobina decorrente de mutação no gene β), inibindo, assim, a polimerização da HbS e a mudança no formato das hemácias. Um fármaco que funciona no tratamento dessa anemia é a hidroxiureia, pois ele aumenta a expressão da HbF proporcionando aos pacientes falcêmicos uma melhora significativa em sua clínica.


Um artigo para entender melhor a associação da hemoglobina fetal com a anemia falciforme: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842008000200012

Rodrigo Serpa
Até meados de 1990, se imputava oncogenes às formações tumorais. Ou seja, fatores
predisponentes "dispararam" a expressão de genes silenciosos, como o oncogene c-myc.
Hoje, a ciência relaciona também com doenças genéticas.
Muito bom.

Rodrigo Serpa escreveu:

Recentemente li uma notícia interessante no site da Unicamp, sobre uma palestra de uma pesquisadora chamada Swee Lay Thein, da área de hematologia do King's College London, em que ela afirma que existem três áreas que respondem de 20% a 50% da variação comum dos níveis de hemoglobina fetal em pacientes com anemia falciforme e talassemia. Dois deles incluem oncogenes. Desse modo, os pesquisadores são desafiados a delinear essas variantes a fim de reproduzir uma reativação terapêutica, permitindo um melhor aconselhamento genético e um diagnóstico pré-natal de doenças da hemoglobina.

http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2012/09/27/hemoglobina-fetal-e-o-tratamento-da-anemia-falciforme

Phillipe Rego
Lido

phillipe rego escreveu:

Um assunto importante de se analisar, ainda quando se fala de hemoglobina fetal, é como ela pode atuar para minimizar manifestações clinicas de certas patologias. Um exemplo dessa atuação se observa no caso da anemia falciforme, pois os sintomas dessa doença aparecem cerca de seis meses após a vida neo-natal, justamente quando os níveis de HbF já estão baixos. Sabe-se que as células-F apresentam baixa concentração de HbS(hemoglobina decorrente de mutação no gene β), inibindo, assim, a polimerização da HbS e a mudança no formato das hemácias. Um fármaco que funciona no tratamento dessa anemia é a hidroxiureia, pois ele aumenta a expressão da HbF proporcionando aos pacientes falcêmicos uma melhora significativa em sua clínica.


Um artigo para entender melhor a associação da hemoglobina fetal com a anemia falciforme: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842008000200012

A cada dia que aprendo mais sobre a medicina e os mistérios do corpo humano, fico fascinado de como a natureza foi perspicaz em aperfeiçoar no quesito de proliferar a sua especie. A evolução desde a proliferação da especie através água até o surgimento da placenta foi um grande salto na evolução, principalmente para a proteção do filhote. A ideia de haver um tipo de hemoglobina em que o feto consegue ter mais capacidade, afinidade, propriedade do que o da mãe em capturar oxigênio, consegue mostrar o quanto evoluiu no quesito de proteção e alimentação do feto. Em resumo, a hemoglobina fetal consegue demonstrar o grande salto que a evolução deu.

A hemoglobina fetal, HbF, difenrecia-se da hemoglobina normal devido a composição de sua cadeira proteica em certas partes. Tal discrepância é responsável pela maior afinidade da primeira pelo oxigênio do sangue que a hemoglobina presente em adultos. Esse fato é muito importante para o crescimento adequado do feto dentro da barriga da mãe, pois é necessário grande quantidade de oxigênio para nutrição dos tecidos em formação e crescimento. A hemoglobina fetal tem necessidade de ser completamente substituída pela normal após certo tempo pós-nascimento, pois ao contrário, haver-se-ão consequencias patológicas no indivíduo.

Acho válido também comentar um pouco sobre a questão das hemoglobinopatias com relação principalmente ao Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), o qual incluiu as hemoglobinopatias na sua área de atuação. Essa inclusão foi um avanço inegável, porém, a eficácia da sua implantação na prática ainda gera polêmica uma vez que o sistema ainda não entende completamente a questão das hemoglobinopatias, principalmente por causa das suas peculiaridades. Esses dois artigos que pesquisei são bem interessantes e falam bem dessa reflexão:

http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n4/16867.pdf


http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v32n2/v32n2a05.pdf

BRUNO BRITO
Não posso encolher minhas emoções, e deixar de expressá-las e dizê-las.
Como fiquei feliz de ler o que você escreveu!
É sempre assim - uma permanente surpresa e encantamento pela VIDA.
Somos criaturas curiosas, gente da cura e do bem, mas lá e cá está o Criador.
Silencioso, métrico, generoso e poderoso.
Os vidros dos carros viram outdoor, e venho lendo sempre, agora:
"Sou filho de Deus e irmão de Jesus - Será que sou fraco".
Disseram que a voz do povo é a voz de Deus...
Obrigada, Bruno.

brunobrito escreveu:

A cada dia que aprendo mais sobre a medicina e os mistérios do corpo humano, fico fascinado de como a natureza foi perspicaz em aperfeiçoar no quesito de proliferar a sua especie. A evolução desde a proliferação da especie através água até o surgimento da placenta foi um grande salto na evolução, principalmente para a proteção do filhote. A ideia de haver um tipo de hemoglobina em que o feto consegue ter mais capacidade, afinidade, propriedade do que o da mãe em capturar oxigênio, consegue mostrar o quanto evoluiu no quesito de proteção e alimentação do feto. Em resumo, a hemoglobina fetal consegue demonstrar o grande salto que a evolução deu.

Ana Catarina Viana Jardim
Lido

Ana Catarina Viana Jardim escreveu:

A hemoglobina fetal, HbF, difenrecia-se da hemoglobina normal devido a composição de sua cadeira proteica em certas partes. Tal discrepância é responsável pela maior afinidade da primeira pelo oxigênio do sangue que a hemoglobina presente em adultos. Esse fato é muito importante para o crescimento adequado do feto dentro da barriga da mãe, pois é necessário grande quantidade de oxigênio para nutrição dos tecidos em formação e crescimento. A hemoglobina fetal tem necessidade de ser completamente substituída pela normal após certo tempo pós-nascimento, pois ao contrário, haver-se-ão consequencias patológicas no indivíduo.

Mateus
Irei ler os artigos.

mateus137 escreveu:

Acho válido também comentar um pouco sobre a questão das hemoglobinopatias com relação principalmente ao Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), o qual incluiu as hemoglobinopatias na sua área de atuação. Essa inclusão foi um avanço inegável, porém, a eficácia da sua implantação na prática ainda gera polêmica uma vez que o sistema ainda não entende completamente a questão das hemoglobinopatias, principalmente por causa das suas peculiaridades. Esses dois artigos que pesquisei são bem interessantes e falam bem dessa reflexão:

http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n4/16867.pdf


http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v32n2/v32n2a05.pdf