Conhecimento Virtual Projeto Conhecimento Virtual Profa. Hélia Cannizzaro |
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| SUMÁRIO de URINA | |
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+4Camila Twany jessica.xavier livia.nascimento Hélia Cannizzaro 8 participantes | Autor | Mensagem |
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Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: SUMÁRIO de URINA Sex maio 30, 2014 12:27 am | |
| O Sumário de Urina (Exame de Urina) é um exame simples, mas extremamente esclarecedor dos metabólitos, e de suas necessidades de excreção. Ele proporciona ao médico informações preciosas sobre a patologia renal e do trato urinário, bem como sobre algumas doenças extra-renais. É UM TESTE SIMPLES e econômico. Para exames convencionais, utiliza-se desde o primeiro jato. Em exame bacterioscópico (urocultura = cultura da urina) se utiliza o jato médio, se desprezando, portanto, o primeiro jato. Para exames que exigem coleta durante 24 horas, esvazia-se primeiro a bexiga e inicia-se marcar as 24 horas na primeira urina e segue-se 24 horas. Para conservar uma urina por 01 dia utiliza-se uma mistura de urotropina e ácido acetilsalicílico (2:1), onde esta mistura gera o aldeído fórmico. A urina tem Características Gerais, que são apresentadas no resultado do Sumário de Urina: 1. VOLUME. O volume normal nas 24 horas (regime hospitalar) deve ficar em 1000 a 1500ml. Além das patologias, o volume varia com a alimentação, com o exercício físico e com a quantidade de líquido ingerido. O volume para exames de rotina é o volume que foi enviado. O volume 24 horas é aumentado (=poliúria), no diabetes mellitus e insípido, certas afecções do sistema nervoso, amiloidose renal, emoções, frio, ingestão excessiva de líquidos, etc. Nota-se diminuição do volume urinário nas 24 horas: nefrite aguda, moléstias cardíacas e pulmonares, febre, diarreia, vômito, choque, desidratação, infarto hemorrágico do rim, etc; 2. COR. A cor da urina é variável e depende da maior ou menor concentração dos pigmentos urinários, de substâncias medicamentosas ou de elementos patológicos nela eliminados. Normalmente, tem coloração amarelo-citrina, o urocromo é responsável pela cor amarela e a uroeritrina pela cor discretamente vermelha. Em estados febris, o teor de uroeritrina aumenta. As urinas ácidas são em geral mais escuras do que as alcalinas. As cores vermelhas, castanha e negra devem ser identificadas como benzidina-positiva ou benzidina-negativa; as positivas são de urina que contêm hemoglobina (Hg), hemácias, ou mioglobina. A hematúria (sangue na urina) de origem glomerular (glomerulonefrite aguda) jamais apresenta coágulos, ao passo que em outros tipos de hematúria, como no traumatismo do sistema urinário e tumor, os coágulos estão frequentemente presentes. A urina de aspecto leitoso pode resultar da presença de pus ou grande quantidade de cristais de fosfato, cuja identificação se faz através do exame do sedimento (pellet após centrifugação no fundo do tubo de ensaio). A excreção de ácido homogentísico confere à urina coloração que vai do castanho ao negro (alcaptonúria). O uso de certos medicamentos (fenazopiridina - pyridium, azul-de-metileno, e outros), a ingestão de determinados alimentos em excesso (beterraba) empresta a urina uma coloração azul, vermelha, ou outra. A coloração amarelo-esverdeada é produzida pela presença de pigmentos biliares principalmente a bilirrubina - depois de emitida, esta se oxida para biliverdina. 3. ASPECTO. Normalmente, a urina recentemente emitida é límpida. Deixada em repouso por algum tempo, pode haver formação de pequeno depósito (constituído de leucócitos, células epiteliais, muco, etc.) denominado nubécula. Esta nubécula é mais acentuada em mulheres. As substâncias que mais turvam a urina, são: fosfatos amorfos (juntando-se algumas gotas de ácido acético a turvação se desfaz, daí o diagnóstico); uratos amorfos (a turvação desaparece com o aquecimento, mas persiste se for adicionado ácido acético); pus (vê-se microscopicamente; germes (idem). 4. CHEIRO. Seu cheiro sui generis é atribuído a ácidos orgânicos voláteis que ela contém. Com o envelhecimento, o cheiro se torna amoniacal. Medicamentos também dão um cheiro peculiar. 5. REAÇÃO. A reação da urina é verificada pelo papel de tornassol (vermelho e azul). A urina de cor ácida torna o papel azul de cor vermelha. Inversamente, a urina alcalina torna o papel vermelho em azul. A reação também pode ser neutra. O pH aproximado pode ser verificado pelo papel de Nitrazina. A urina de 24 horas é ligeiramente ácida (pH em torno de 6,0). Quando há fermentação (algumas horas após emitida), a acidez aumenta. Depositada por mais de 48 horas, a urina se decompõe e se transforma em amoníaco (com pH alcalino). A urina pode ser alcalina patologicamente: após ingestão de medicamentos; ingestão de frutas como (laranja, limão, banana, pêssego); após vômito repetido; anemias; cistite crônica; alcalose metabólica e respiratória. 6. DENSIDADE. É obtida através de densímetros (urinômetros). Normalmente está em torno de 1,015 e 1,020. A densidade fixa em torno de 1,010 é denominado isostenúria. Os principais responsáveis pela densidade da urina são a ureia, os cloretos e os fosfatos. A glicose quando presente eleva consideravelmente a densidade. 7. EXAME QUÍMICO QUALITATIVO. 7.1. Pesquisa de albumina (os rins em condições normais reabsorve a albumina, não deve haver portanto albuminúria). A pesquisa pode ser feita pelo calor que após adição de ácido acético a turvação se acentua. A prova pelo calor revela até 50mg de albumina por litro (1/20.000). A pesquisa de albumina por ser também utilizando ácido nítrico concentrado, onde há, na presença de albumina um anel branco denominado de anel de Heller. A pesquisa de albumina pode também ser feita pelo reativo de Roberts, que é uma mistura de ácido nítrico e sulfato de magnésio (resultado: anel branco). A pesquisa também pode ser feita pelo ácido sulfossalicílico (nuvem branca ou de precipitado branco); ou pelas TIRAS REAGENTES (tomará coloração que vai do verde ao azul), esta prova é simples e rápida com a vantagem da não interferência de metabólitos. No estado normal, como falamos, o glomérulo impede a passagem das moléculas de proteína para a urina. A albuminúria é classificada em funcional e orgânica. Entre as funcionais, se incluem a produzida por esforço muscular exagerado, pelo frio excessivo e pela posição em pé (ortostática) por longo tempo. Na gravidez também pode ocorrer albuminúria de pequena intensidade. A albuminúria orgânica pode ser pré-renal (nos estados febris, na insuficiência cardíaca, no mieloma múltiplo); pode ser renal (glomerulonefrite, nefropatias tóxicas por chumbo, bismuto, fósforo, sulfonamidas, etc.) e pode ser pós-renal (cistite = bexiga, uretrite = uretra, infecção dos ureteres); 7.2. Pesquisa de glicose. Vários hidratos de carbono (glicose, lactose, galactose, frutose, pentose) podem estar presentes na urina. O mais importante é a glicosúria. Na presença de glicose, o reativo de Benedict, sob calor, há mudança de cor do reativo. É possível fazer uma aproximação: solução azul (límpida) - 0 de glicose; precipitado esverdeado - traços de glicose; precipitado amarelado - 10g de glicose por mil; precipitado vermelho - 20g de glicose por mil. Hoje, se utiliza TIRAS REAGENTES que fornecem rapidamente o resultado. Baseia-se na ação de uma enzima (glicoseoxidase) que remove 2 íons hidrogênio da molécula da glicose com formação de ácido glicônico. Os íons hidrogênio libertados se combinam com o oxigênio atmosférico, com produção de H2O2. Este em presença de peroxidase oxida a ortotoluidina que toma a coloração azul. A Vitamina C em altas doses interfere com a reação, como também, as penicilinas e teraciclinas. No rim normal, o limiar de excreção da glicose acha-se em torno de 160mg% e acima deste valor os túbulos são incapazes de reabsorver o glicídeo filtrado através dos glomérulos, e, assim, a glicose é eliminada na urina. A principal causa é a diabetes mellitus. Na glicosúria por causa renal, há glicosúria, mas a glicemia (glicose sanguínea) costuma ser normal. A adrenalina também leva glicosúria, como também, em tumor de células alfa do pâncreas (produzem glucagon), traumatismos cranianos, síndrome de Falconi (com lesões tubulares), etc;
Retornarei para falar de pesquisa de Frutose, Galactose, Lactose, Pentose, Acetona, Ácido diacético, Hemoglobina, Mioglobina, Bilirrubina, Urobilina, Sais Biliares, Porfobilinogênio, Escatol, Indican, Ácido fenilpirúvico, Ácido homogentísico, Melanina, Uroporfirinas; Coproporfirinas III, Bacteriúria, Cálcio, Fenotiazinas. EXAME QUÍMICO QUANTITATIVO e EXAME MICROSCÓPICO.
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| | | livia.nascimento
Mensagens : 6 Data de inscrição : 06/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Sáb maio 31, 2014 3:04 pm | |
| No casos de pacientes com suspeita de cálculo renal, o sumário de urina pode ser uma ferramenta muito importante para firmar diagnóstico, pois nele podem ser analisados diversas modificações. "O cálculo é formado nos rins por excesso de cálcio, oxalato, ácido úrico ou cistina na urina (substâncias importantes no metabolismo renal). Este excesso pode acontecer porque a pessoa excreta níveis elevados destas substâncias na urina ou porque ingere pouco líquido e apresenta, portanto, uma urina muito concentrada, favorecendo o aparecimento dos cálculos. Outro fator que predispõe o aparecimento de pedra nos rins é o nível baixo de citrato na urina, substância que tem a capacidade de dificultar a formação de cálculos renais. " http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nefrologia-dialise/Boletim%20Nefrologia/3edicao_abrilmaiojunho.pdf | |
| | | jessica.xavier
Mensagens : 6 Data de inscrição : 03/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Sáb maio 31, 2014 4:29 pm | |
| As três análises de urina mais comuns são: EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina tipo 1,Urina de 24 horas,Urinocultura (urocultura) EAS - urina tipo I O EAS é o exame de urina mais simples, feito através da coleta de 40-50 ml de urina em um pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato. Esta pequena quantidade de urina desprezada serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra (canal urinário que traz a urina da bexiga). Após a eliminação do primeiro jato, enche-se o recipiente com o resto da urina.
A primeira urina da manhã é a mais usada, mas não é obrigatório. A urina pode ser coletada em qualquer período do dia.
A amostra de urina deve ser colhida idealmente no próprio laboratório, pois quanto mais fresca estiver, mais confiáveis são os seus resultados. Um intervalo de mais de duas horas entre a coleta e a avaliação pode invalidar o resultado, principalmente se a urina não tiver sido mantida sob refrigeração. O EAS é divido em duas partes. A primeira é feita através de reações químicas e a segunda por visualização de gotas da urina pelo microscópio. Na primeira parte mergulha-se uma fita na urina, chamada de dipstick - que é fita/vareta de teste, geralmente feita de papel ou de cartão e é impregnada com os reagentes que indicam alguma característica do líquido através da alteração de cor -, como as que estão nas fotos ao lado. Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina. Esta parte é tão simples que pode ser feita no próprio consultório médico. Após 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS. | |
| | | Camila Twany
Mensagens : 10 Data de inscrição : 13/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Dom Jun 01, 2014 7:53 pm | |
| Me chama a atenção o fato de que informações simplistas, como a que aborda a correta coleta da urina, são pouco conhecidas pelas população em geral! Recentemente, os laboratórios de analises clínicas do Recife fizeram (alguns ainda continuam) uma campanha para esclarecer quais os procedimentos necessários paratal exame. Através de panfletos e postos de tira dúvidas a campanha alcançou boa parte da população e as melhorias na confiabilidade dos exames serão constatados em breve. Além do fato de grande parte da população não saber dos procedimentos básicos, chamou-me a atenção o fato de vários estudantes, com destaque para os da área de saúde, tbem não saberem. Por exemplo: poucos são conhecedores do fato de que é possível colher urina além da primeira do dia. Este post é extremamente enriquecedor e esclarecedor de dúvidas permeantes em nossas mentes! Obrigada pela oportunidade em aprender mais sobre os benefícios das avaliações laboratoriais, professora! | |
| | | Luciana Melo
Mensagens : 2 Data de inscrição : 11/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Dom Jun 01, 2014 8:56 pm | |
| Um dado que achei curioso ao pesquisar sobre o tema, e acho relevante compartilhar, faz referência à presença de CRISTAIS na urina: "Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma maior propensão à formação de cálculos renais. Os únicos cristais com relevância clínica são: Cristais de cistina, Cristais de magnésio-amônio-fosfato (estruvita), Cristais de tirosina, Cristais de bilirrubina e Cristais de colesterol . A presença de cristais de ácido úrico, se em grande quantidade, também deve ser valorizada." | |
| | | Caio Farias
Mensagens : 3 Data de inscrição : 26/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Dom Jun 01, 2014 9:09 pm | |
| Dando continuidade à abordagem de processos patológicos relacionados ao sistema urinário, gostaria de falar a respeito de uma doença conhecida como glomerulonefrite. Ela consiste numa inflamação do glomérulo, unidade funcional do rim formada por um emaranhado de capilares, onde ocorrem a filtragem do sangue e a formação da urina.
As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas ou crônicas. As primárias se instalam diretamente no glomérulo e, em geral, são causadas por alteração imunológica resultante de infecções por vírus ou bactérias. Conforme os sinais clínicos que apresentem, elas recebem denominações específicas. A mais comum é a nefropatia por IgA, ou doença de Berger, que se caracteriza por presença de sangue na urina, pressão alta e, em alguns casos, edema nas pernas.
As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas estão associadas a doenças, como hipertensão arterial, diabetes, lúpus eritematoso, hepatites B e C, infecção pelo HIV, ou, ainda, por alguns medicamentos. As causas mais frequentes, porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.
As características e a evolução da doença variam muito. Por exemplo, a nefropatia por IgA pode entrar em remissão espontânea e exige apenas que o paciente seja mantido em observação. No entanto, há casos graves em que a evolução da doença renal é rápida, agressiva, e os portadores da enfermidade devem ser encaminhados para diálise ou transplante de rins.
Quanto à sintomatologia, as glomerulonefrites primárias podem ser assintomáticas, o que retarda o diagnóstico e o início do tratamento. Quando aparecem, os sintomas variam muito de um paciente para o outro. Entre eles merecem destaque: pressão alta (hipertensão arterial), edema nos olhos e/ou nas pernas, aumento de peso por causa da retenção de líquidos, perda de sangue (hematúria) e de proteína (proteinúria) pela urina, cansaço, indisposição, fraqueza e anemia.
Nas glomerulonefrites secundárias, urina espumosa (em conseqüência da proteinúria) e edema são os sintomas mais comuns.
A avaliação clínica e os exames laboratoriais de urina e de sangue, incluindo a dosagem de uréia e creatinina, são importantes para o diagnóstico das glomerulonefrites. O diagnóstico de certeza, porém, depende do resultado da biópsia renal que só deve ser realizada quando indispensável para a condução do tratamento.
O tratamento das glomerulonefrites é proposto de acordo com as características, gravidade e causas da doença e pode exigir ou dispensar o uso de medicamentos. Se não houver necessidade de prescrevê-los, a recomendação é diminuir a ingestão de proteínas, de sal e de líquidos e controlar rigorosamente a pressão arterial.
Entretanto, os medicamentos são fundamentais no tratamento das enfermidades de base, especialmente para o controle de diabetes e hipertensão. | |
| | | Daniel Sá Carvalho
Mensagens : 4 Data de inscrição : 02/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Dom Jun 01, 2014 9:50 pm | |
| Achei importante dar um pouco de ênfase para a uroanálise em si, visto que o exame físico é a primeira parte da uroanálise feita e pode fornecer informações bastante úteis ao médico. Esta parte inclui a observação da cor, da aparência da urina e a medida da gravidade específica (densidade). É a mais fácil e rápida parte da uroanálise de rotina. Anormalidades nas características físicas da urina podem fornecer pistas significativas de doenças renais ou metabólicas. Todavia, variações em características como cor ou aparência (transparência) nem sempre refletem mudanças patológicas. Algumas vezes, essas variações são produzidas pelo manuseio das amostras. Para uma acurada avaliação das características físicas da urina, a amostra deve ser examinada imediatamente após a micção.
Uma urina fresca, recém emitida, tem aroma característico e aromático, mas não desagradável. Mudanças no odor da urina são dadas pela dieta, doença ou presença de microrganismos. Apesar do odor da urina não ser usualmente relatado no formulário de uroanálise, é uma propriedade perceptível que pode alertar aos técnicos para possíveis anormalidades na amostra de urina. O odor da urina de um paciente com diabetes é dito FRUTAL por causa da presença de CETONAS, que são produtos do metabolismo das gorduras. Se a urina é deixada sem refrigeração por poucas horas, alguma bactéria presente pode degradar a uréia para formar amônia, o odor resultante é similar à amônia (amoníaco). Uma urina recém emitida que tem odor fétido sugere infecção no trato urinário. Ainda que o odor na urina seja extraordinário em alguns casos, não é uma característica suficientemente confiável para usar sozinho no diagnóstico de doenças.
A cor da normal da urina é amarela. Variações na cor podem ser causadas por dietas, medicações, atividade física e doenças. a cor da urina pode, algumas vezes, fornecer uma pista para diagnóstico de certas doenças ou condições. urina amarela: O pigmento que produz a cor normal amarela à âmbar é o UROCROMO. Conforme varia a concentração da urina, assim varia a cor da mesma. Urinas diluídas são polidas, mais concentradas são amarelo escuro ou âmbar. | |
| | | Patrícia Souza
Mensagens : 4 Data de inscrição : 02/04/2014
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Dom Jun 01, 2014 10:02 pm | |
| "...Na urina normal, além de água, minerais e substâncias tóxicas, é também natural existirem pequenas quantidades de outras substâncias, entre as quais algumas proteínas. Sendo estes elementos que não interessam ao organismo eliminar, quando essa quantidade atinge um determinado nível, isso significa que os rins não estão a funcionar corretamente. Assim, a proteinúria é uma condição clínica caracterizada pela perda de proteínas (essencialmente a albumina) pela urina. Este é um importante indicador de doenças renais, sendo uma das suas manifestações. A albumina tem uma importante função no sangue, pois ajuda a impedir que a água presente não atravesse as paredes dos vasos sanguíneos, que provocariam edemas. Assim, uma das manifestações da proteinúria é o aparecimento de edemas no corpo. Outras manifestações comuns é a urina espumosa. Sendo natural existir alguma espuma na urina, quando ela é em grande quantidade, poderá indicar algum problema." Por isso é bom ter atenção a pequenos detalhes como essa espuma incomum, pois eles podem significar algo bastante sério. | |
| | | Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Qua Jun 11, 2014 12:38 am | |
| Grande Lívia Os cálculos (pelve e ureteral) eram graves problemas até recentemente. Mesmo com controle de dieta, as recidivas eram frequentes. O que mais evoluiu foi a terapêutica com bombardeio com laser. Antes dele, dependendo do tamanho do cálculo, da obstrução e da hidronefrose - a decisão era cirúrgica. Parabéns a esta evolução. - livia.nascimento escreveu:
- No casos de pacientes com suspeita de cálculo renal, o sumário de urina pode ser uma ferramenta muito importante para firmar diagnóstico, pois nele podem ser analisados diversas modificações.
"O cálculo é formado nos rins por excesso de cálcio, oxalato, ácido úrico ou cistina na urina (substâncias importantes no metabolismo renal). Este excesso pode acontecer porque a pessoa excreta níveis elevados destas substâncias na urina ou porque ingere pouco líquido e apresenta, portanto, uma urina muito concentrada, favorecendo o aparecimento dos cálculos. Outro fator que predispõe o aparecimento de pedra nos rins é o nível baixo de citrato na urina, substância que tem a capacidade de dificultar a formação de cálculos renais. " http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nefrologia-dialise/Boletim%20Nefrologia/3edicao_abrilmaiojunho.pdf | |
| | | Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Qua Jun 11, 2014 12:39 am | |
| Li e gostei - jessica.xavier escreveu:
- As três análises de urina mais comuns são: EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina tipo 1,Urina de 24 horas,Urinocultura (urocultura)
EAS - urina tipo I O EAS é o exame de urina mais simples, feito através da coleta de 40-50 ml de urina em um pequeno pote de plástico. Normalmente solicitamos que se use a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato. Esta pequena quantidade de urina desprezada serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra (canal urinário que traz a urina da bexiga). Após a eliminação do primeiro jato, enche-se o recipiente com o resto da urina.
A primeira urina da manhã é a mais usada, mas não é obrigatório. A urina pode ser coletada em qualquer período do dia.
A amostra de urina deve ser colhida idealmente no próprio laboratório, pois quanto mais fresca estiver, mais confiáveis são os seus resultados. Um intervalo de mais de duas horas entre a coleta e a avaliação pode invalidar o resultado, principalmente se a urina não tiver sido mantida sob refrigeração. O EAS é divido em duas partes. A primeira é feita através de reações químicas e a segunda por visualização de gotas da urina pelo microscópio. Na primeira parte mergulha-se uma fita na urina, chamada de dipstick - que é fita/vareta de teste, geralmente feita de papel ou de cartão e é impregnada com os reagentes que indicam alguma característica do líquido através da alteração de cor -, como as que estão nas fotos ao lado. Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina. Esta parte é tão simples que pode ser feita no próprio consultório médico. Após 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com uma tabela de referência que costuma vir na embalagem das próprias fitas do EAS. | |
| | | Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Qua Jun 11, 2014 12:41 am | |
| Exatamente, Camila - Camila Twany escreveu:
- Me chama a atenção o fato de que informações simplistas, como a que aborda a correta coleta da urina, são pouco conhecidas pelas população em geral! Recentemente, os laboratórios de analises clínicas do Recife fizeram (alguns ainda continuam) uma campanha para esclarecer quais os procedimentos necessários paratal exame. Através de panfletos e postos de tira dúvidas a campanha alcançou boa parte da população e as melhorias na confiabilidade dos exames serão constatados em breve. Além do fato de grande parte da população não saber dos procedimentos básicos, chamou-me a atenção o fato de vários estudantes, com destaque para os da área de saúde, tbem não saberem. Por exemplo: poucos são conhecedores do fato de que é possível colher urina além da primeira do dia. Este post é extremamente enriquecedor e esclarecedor de dúvidas permeantes em nossas mentes! Obrigada pela oportunidade em aprender mais sobre os benefícios das avaliações laboratoriais, professora!
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| | | Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Qua Jun 11, 2014 12:43 am | |
| Luciana Melo Só tem importância clínica, quando em grande quantidade à microscopia com CONCOMITANTE CLÍNICA MÉDICA (sintomas). - Luciana Melo escreveu:
- Um dado que achei curioso ao pesquisar sobre o tema, e acho relevante compartilhar, faz referência à presença de CRISTAIS na urina:
"Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma maior propensão à formação de cálculos renais. Os únicos cristais com relevância clínica são: Cristais de cistina, Cristais de magnésio-amônio-fosfato (estruvita), Cristais de tirosina, Cristais de bilirrubina e Cristais de colesterol . A presença de cristais de ácido úrico, se em grande quantidade, também deve ser valorizada." | |
| | | Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Qua Jun 11, 2014 12:45 am | |
| Li - Caio Farias escreveu:
- Dando continuidade à abordagem de processos patológicos relacionados ao sistema urinário, gostaria de falar a respeito de uma doença conhecida como glomerulonefrite. Ela consiste numa inflamação do glomérulo, unidade funcional do rim formada por um emaranhado de capilares, onde ocorrem a filtragem do sangue e a formação da urina.
As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas ou crônicas. As primárias se instalam diretamente no glomérulo e, em geral, são causadas por alteração imunológica resultante de infecções por vírus ou bactérias. Conforme os sinais clínicos que apresentem, elas recebem denominações específicas. A mais comum é a nefropatia por IgA, ou doença de Berger, que se caracteriza por presença de sangue na urina, pressão alta e, em alguns casos, edema nas pernas.
As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas estão associadas a doenças, como hipertensão arterial, diabetes, lúpus eritematoso, hepatites B e C, infecção pelo HIV, ou, ainda, por alguns medicamentos. As causas mais frequentes, porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.
As características e a evolução da doença variam muito. Por exemplo, a nefropatia por IgA pode entrar em remissão espontânea e exige apenas que o paciente seja mantido em observação. No entanto, há casos graves em que a evolução da doença renal é rápida, agressiva, e os portadores da enfermidade devem ser encaminhados para diálise ou transplante de rins.
Quanto à sintomatologia, as glomerulonefrites primárias podem ser assintomáticas, o que retarda o diagnóstico e o início do tratamento. Quando aparecem, os sintomas variam muito de um paciente para o outro. Entre eles merecem destaque: pressão alta (hipertensão arterial), edema nos olhos e/ou nas pernas, aumento de peso por causa da retenção de líquidos, perda de sangue (hematúria) e de proteína (proteinúria) pela urina, cansaço, indisposição, fraqueza e anemia.
Nas glomerulonefrites secundárias, urina espumosa (em conseqüência da proteinúria) e edema são os sintomas mais comuns.
A avaliação clínica e os exames laboratoriais de urina e de sangue, incluindo a dosagem de uréia e creatinina, são importantes para o diagnóstico das glomerulonefrites. O diagnóstico de certeza, porém, depende do resultado da biópsia renal que só deve ser realizada quando indispensável para a condução do tratamento.
O tratamento das glomerulonefrites é proposto de acordo com as características, gravidade e causas da doença e pode exigir ou dispensar o uso de medicamentos. Se não houver necessidade de prescrevê-los, a recomendação é diminuir a ingestão de proteínas, de sal e de líquidos e controlar rigorosamente a pressão arterial.
Entretanto, os medicamentos são fundamentais no tratamento das enfermidades de base, especialmente para o controle de diabetes e hipertensão. | |
| | | Hélia Cannizzaro
Mensagens : 1065 Data de inscrição : 23/06/2013
| Assunto: Re: SUMÁRIO de URINA Qua Jun 11, 2014 12:46 am | |
| Exatamente - Daniel Sá Carvalho escreveu:
- Achei importante dar um pouco de ênfase para a uroanálise em si, visto que o exame físico é a primeira parte da uroanálise feita e pode fornecer informações bastante úteis ao médico. Esta parte inclui a observação da cor, da aparência da urina e a medida da gravidade específica (densidade).
É a mais fácil e rápida parte da uroanálise de rotina. Anormalidades nas características físicas da urina podem fornecer pistas significativas de doenças renais ou metabólicas. Todavia, variações em características como cor ou aparência (transparência) nem sempre refletem mudanças patológicas. Algumas vezes, essas variações são produzidas pelo manuseio das amostras. Para uma acurada avaliação das características físicas da urina, a amostra deve ser examinada imediatamente após a micção.
Uma urina fresca, recém emitida, tem aroma característico e aromático, mas não desagradável. Mudanças no odor da urina são dadas pela dieta, doença ou presença de microrganismos. Apesar do odor da urina não ser usualmente relatado no formulário de uroanálise, é uma propriedade perceptível que pode alertar aos técnicos para possíveis anormalidades na amostra de urina. O odor da urina de um paciente com diabetes é dito FRUTAL por causa da presença de CETONAS, que são produtos do metabolismo das gorduras. Se a urina é deixada sem refrigeração por poucas horas, alguma bactéria presente pode degradar a uréia para formar amônia, o odor resultante é similar à amônia (amoníaco). Uma urina recém emitida que tem odor fétido sugere infecção no trato urinário. Ainda que o odor na urina seja extraordinário em alguns casos, não é uma característica suficientemente confiável para usar sozinho no diagnóstico de doenças.
A cor da normal da urina é amarela. Variações na cor podem ser causadas por dietas, medicações, atividade física e doenças. a cor da urina pode, algumas vezes, fornecer uma pista para diagnóstico de certas doenças ou condições. urina amarela: O pigmento que produz a cor normal amarela à âmbar é o UROCROMO. Conforme varia a concentração da urina, assim varia a cor da mesma. Urinas diluídas são polidas, mais concentradas são amarelo escuro ou âmbar. | |
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