A impressão Molecular (Digital) em Tipos Celulares

Exemplo de CDs, de alguns tipos celulares (Cluster Differentiation)

CD2 Células T, Células NK (natural killer)
CD3 Células T
CD4 Células T MHC classe II
CD5 Células T e B
CD8 Células T MHC classe I
CD11a Leucócitos
CD11c Monócitos, granulócitos, células NK
CD26 Células B e T ativadas, monócitos
CD34 Precursores de células hematopoiéticas
CD36 Monócitos, plaquetas
CD40 Células B
CD41 Plaquetas
CD45 Leucócitos
CD45R CD45RO: células T de memória
CD45RB: células B de memória
CD56 Células NK
CD62E Células endoteliais
CD72 Células B
CD72a e b Células B maduras
Etc.

Professora, eu pesquisando mais um pouco sobre esse assunto, deparei-me com uma notícia que até saiu recentemente nos jornais. Sobre o bisturi inteligente que detecta células cancerígenas. Na notícia, a explicação é que a técnica é capaz de fornecer uma impressão digital molecular única para tipos de câncer, especificamente a chamada de espectrometria em massa da ionização rápida da evaporação. Ela permite a caracterização quase em tempo real do tecido em indivíduos com o tumor por meio de análise da fumaça liberada durante a dissecção eletrocirúrgica. Bem, como achei o site da matéria não muito confiável, já que não é um site voltado para a área da saúde, eu vim fazer esse comentário para que a senhora pudesse confirmar ou corrigir algo e para que todos pudessem ficar ciente da notícia que é bem interessante.
Site: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/07/19/noticia_saudeplena,144044/bisturi-inteligente-detecta-celulas-cancerigenas.shtml

As proteínas de membrana, que funcionam como "antígenos celulares", são passíveis a reconhecimento por anticorpos sintetizados em laboratórios-anticorpos monoclonais.
Atualmente, os anticorpos monoclonais tem sido utilizados para identificar esses antígenos de diferenciação celular e, dessa forma, ajudar na investigação e caracterização laboratorial da maioria das leucemias agudas e crônicas de origem mielóide e linfóide.
Por exemplo, os marcadores da leucemia linfóide aguda comum (LLa comum) são os CD's 19 e 10 e também o Mb-1 (molécula de imunoglobulina citoplasmática específica para célula B) e Tdt (transferase desoxinucleotídio terminal); os CD's da leucemia linfóide aguda "nula" são os mesmos da LLa comum, sendo que excetua-se o CD10. O marcador da leucemia granulocítica crônica em crise linfoblástica é o Tdt(n). Além desses exemplos encontrei outros nesse link, se tiverem interesse dêem uma olhadinha: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842001000200010&script=sci_arttext

Baetriz Marinho
Um fato é importante, nas cirurgias de tumores, é frequente o insucesso por disseminação deste tumor,
em questão, para outros tecidos - apesar da evolução progressiva nesta área.
Irei ler,sim, o artigo.
Hélia Cannizzaro

Beatriz Marinho escreveu:

Professora, eu pesquisando mais um pouco sobre esse assunto, deparei-me com uma notícia que até saiu recentemente nos jornais. Sobre o bisturi inteligente que detecta células cancerígenas. Na notícia, a explicação é que a técnica é capaz de fornecer uma impressão digital molecular única para tipos de câncer, especificamente a chamada de espectrometria em massa da ionização rápida da evaporação. Ela permite a caracterização quase em tempo real do tecido em indivíduos com o tumor por meio de análise da fumaça liberada durante a dissecção eletrocirúrgica. Bem, como achei o site da matéria não muito confiável, já que não é um site voltado para a área da saúde, eu vim fazer esse comentário para que a senhora pudesse confirmar ou corrigir algo e para que todos pudessem ficar ciente da notícia que é bem interessante.
Site: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/07/19/noticia_saudeplena,144044/bisturi-inteligente-detecta-celulas-cancerigenas.shtml

Denise Muniz
Excelente contribuição.

Denise.Muniz escreveu:

As proteínas de membrana, que funcionam como "antígenos celulares", são passíveis a reconhecimento por anticorpos sintetizados em laboratórios-anticorpos monoclonais.
Atualmente, os anticorpos monoclonais tem sido utilizados para identificar esses antígenos de diferenciação celular e, dessa forma, ajudar na investigação e caracterização laboratorial da maioria das leucemias agudas e crônicas de origem mielóide e linfóide.
Por exemplo, os marcadores da leucemia linfóide aguda comum (LLa comum) são os CD's 19 e 10 e também o Mb-1 (molécula de imunoglobulina citoplasmática específica para célula B) e Tdt (transferase desoxinucleotídio terminal); os CD's da leucemia linfóide aguda "nula" são os mesmos da LLa comum, sendo que excetua-se o CD10. O marcador da leucemia granulocítica crônica em crise linfoblástica é o Tdt(n). Além desses exemplos encontrei outros nesse link, se tiverem interesse dêem uma olhadinha: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842001000200010&script=sci_arttext

Prof. encontrei em um artigo sobre o câncer de mama e me deparei com uma dúvida, por exemplo: Algumas pessoas têm genes que geram uma maior probabilidade ao desenvolvimento do câncer. Os defeitos genéticos mais comuns são encontrados nos genes BRCA1 e BRCA2. Esses genes normalmente produzem proteínas que protegem as pessoas contra o câncer. Isso tem algo a ver com o interferon ou o mecanismo é totalmente diferente? O que acontece com o sistema imunológico no desenvolvimento do câncer?

Prezado Maxwell Moura
Irei, sim, fazer esta abordagem, Maxwell. Disparo de oncogenes. Porque os temos, e porque o sistema imunológico
não os detém?
Hélia Cannizzaro

maxwellmoura escreveu:

Prof. encontrei em um artigo sobre o câncer de mama e me deparei com uma dúvida, por exemplo: Algumas pessoas têm genes que geram uma maior probabilidade ao desenvolvimento do câncer. Os defeitos genéticos mais comuns são encontrados nos genes BRCA1 e BRCA2. Esses genes normalmente produzem proteínas que protegem as pessoas contra o câncer. Isso tem algo a ver com o interferon ou o mecanismo é totalmente diferente? O que acontece com o sistema imunológico no desenvolvimento do câncer?

Pesquisando mais um pouco, achei um artigo científico bem interessante pois afirmava já ter reconhecido em experimentação laboratorial 170 diferentes tipos de CD, cujas relações entre as células identificadas e suas funções específicas também foram relacionadas. Portanto, nesse artigo são apresentados alguns CD em uma tabela mostrando suas relações com células e funções.

http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v23n2/13304.pdf
 

Quanto ao questionamento de Maxwell, o câncer é uma ferramenta perturbadora do equilíbrio natural ao desregular o mecanismo de homeostase. Nesse contexto, destaca-se a importância da evasão da apoptose para a persistência do tumor. Ocorre, pois, uma "fuga" ao sistema de defesa. A resistência da neoplasia está diretamente relacionada à desregulação na checagem das anormalidades celulares. Dessa forma, quando do acometimento dos genes supressores de tumor, a célula cancerígena é viabilizada.

Professora e colegas, tenho uma dúvida sobre uma informação passada para mim: O câncer é mais disseminado através do sistema linfático? Se sim não seria contraditório ele percorrer o caminho no qual nossas defesas se concentram? e sendo assim isso teria relação com essas impressões que as células cancerígenas conseguem abstrair?

hELYSÂNIA
Prepare, por favor, uma tabela (como fazíamos no Doutorado) mostrando igualdades entre cada CD e
diferentes células.

Helysânia Shádylla escreveu:

            Pesquisando mais um pouco, achei um artigo científico bem interessante pois afirmava já ter reconhecido em experimentação laboratorial 170 diferentes tipos de CD, cujas relações entre as células identificadas e suas funções específicas também foram relacionadas. Portanto, nesse artigo são apresentados alguns CD em uma tabela mostrando suas relações com células e funções.

http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v23n2/13304.pdf
 

Helysânia Shádylla
Me desculpe, na postagem anterior, a digitação de seu nome com H minúsculo.
Hélia Cannizzaro

Helysânia Shádylla escreveu:

            Pesquisando mais um pouco, achei um artigo científico bem interessante pois afirmava já ter reconhecido em experimentação laboratorial 170 diferentes tipos de CD, cujas relações entre as células identificadas e suas funções específicas também foram relacionadas. Portanto, nesse artigo são apresentados alguns CD em uma tabela mostrando suas relações com células e funções.

http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v23n2/13304.pdf
 

Livia Gondim
Você fez uma das perguntas mais inteligentes até aqui. Quando eu trabalhava na Área de Segurança Máxima, para
HIV-1 e HIV-2, pela OMS, existia uma Médica francesa que trabalhava com contaminação tumoral das células imunes.
Não é à toa, que quando se vê um paciente com tumoração e comprometimento dos gânglios linfáticos anexos, o caso se torna mais
greve. Linfoadenopatia. Por exemplo, o HIV-1 ele lesa os linfócitos T CD4, mas habita tranquilamente os macrófagos.
Desta feita, as células linfoides também são comprometidas e lesadas nas patologias tumorais - apesar de imunes,
mas não invioláveis. O sistema vascular linfático é centro culminante dessas reações. Saindo das mesentéricas, na submucosa
do intestino delgado, se dirigem para os vasos aferentes dos linfonodos (=gânglios linfáticos), que se comunicam com
outros linfonodos pelos vasos eferentes e desembocam no ducto torácico e linfático direito. Esses, linfonodos, são os mais comprometidos com neoplasias, do sistema imune maior. O que não é tão frequente, com o timo, o baço, as amígdalas, e a placa de Peyer ( na submucosa do intestino).

Livia Ribeiro Gondim escreveu:

Professora e colegas, tenho uma dúvida sobre uma informação passada para mim: O câncer é mais disseminado através do sistema linfático? Se sim não seria contraditório ele percorrer o caminho no qual nossas defesas se concentram? e sendo assim isso teria relação com essas impressões que as células cancerígenas conseguem abstrair?

Professora, que nada, não precisava se desculpar, besteira. Logo, logo vou disponibilizar a tabela que a senhora pediu. Me desculpe a demora!

Um abraço!

IGUALDADES ENTRE CADA CD E DIFERENTES CÉLULAS

Antígenos / CD Células / Funções
     
1) CD 1 a, b, c, d / Timócitos, linfócito B (CD1c), células do epitélio intestinal (CD1d) / Molécula semelhante ao MHC-classe1, especializada na apresentação de antígeno;
2) CD 4 / Subgrupo de timócitos, linfócito T auxiliar e inflamatórios, monócitos e macrófagos / Co-receptor de moléculas de MHC de classe2. Receptor para HIV-1 e HIV-2;
3) CD 8 / Subgrupo de timócitos, linfócito T e citotóxicos / Co-receptor para MHC de classe1;
4) CD 9 / Linfócito Pré-B, eosinófilos, basófilos e plaquetas / Possível função na ativação e agregação de plaquetas;
5) CD 33 / Células mielóides progenitoras e monócitos / Desconhecida;
6) CD 34 / Precursores hematopoiéticos ou células tronco pluripotencial / Ligante para CD 62 L;
7) CD 62 L / Linfócitos B e T, monócitos e NK / Moléculas de adesão de leucócitos. Participa da interação com endotélio;
CD 71 / Leucócitos ativados / Receptor de transferrina;
9) CD 166 / Atividade leucocitária na adesão de moléculas / Ativação de linfócitos T e B, eosinófilos e queratinócitos.

Nessa tabela tem apenas algumas relações.

Obrigada, Helysânia

Helysânia Shádylla escreveu:

IGUALDADES ENTRE CADA CD E DIFERENTES CÉLULAS

Antígenos / CD Células / Funções
     
1) CD 1 a, b, c, d / Timócitos, linfócito B (CD1c), células do epitélio intestinal (CD1d) / Molécula semelhante ao MHC-classe1, especializada na apresentação de antígeno;
2) CD 4 / Subgrupo de timócitos, linfócito T auxiliar e inflamatórios, monócitos e macrófagos / Co-receptor de moléculas de MHC de classe2. Receptor para HIV-1 e HIV-2;
3) CD 8 / Subgrupo de timócitos, linfócito T e citotóxicos / Co-receptor para MHC de classe1;
4) CD 9 / Linfócito Pré-B, eosinófilos, basófilos e plaquetas / Possível função na ativação e agregação de plaquetas;
5) CD 33 / Células mielóides progenitoras e monócitos / Desconhecida;
6) CD 34 / Precursores hematopoiéticos ou células tronco pluripotencial / Ligante para CD 62 L;
7) CD 62 L / Linfócitos B e T, monócitos e NK / Moléculas de adesão de leucócitos. Participa da interação com endotélio;
8)CD 71 / Leucócitos ativados / Receptor de transferrina;
9) CD 166 / Atividade leucocitária na adesão de moléculas / Ativação de linfócitos T e B, eosinófilos e queratinócitos.

Nessa tabela tem apenas algumas relações.