A Ferritina Sérica (=no sangue)

Útil para diagnóstico de deficiência ou excesso de ferro. Correlaciona-se com os estoques corpóreos totais de ferro. Principal proteína para a estocagem de ferro no corpo.
1. Prediz e monitora deficiência de ferro;
2. Determina a resposta à ferroterapia e à adesão ao tratamento;
3. Monitora o status de ferro nos pacientes com doença renal crônica;
4. Detecta estados de sobrecarga de ferro e monitora a remoção terapêutica do excesso de estocagem de ferro;
5. Estudos de níveis de ferro da população e de resposta à suplementação com ferro.
A ferritina está diminuída na deficiência de ferro. É o teste mais sensível e mais específico para deficiência de ferro. Diminui antes que a anemia e outras alterações ocorram. Nenhuma outra condição provoca nível baixo. Retorna para o intervalo de variação normal em poucos dias após o início do tratamento com ferro oral. A incapacidade de produzir nível de ferritina sérica mais que 50microgramas/dL sugere não aderência ao tratamento ou perda contínua de ferro.
A ferritina está aumentada em patologias hepáticas agudas e crônicas, alcoolismo (diminui durante a abstinência), malignidade (por ex.; leucemia, doença de Hodgkin = linfoma), infecção e inflamação, hipertireoidismo, IAM, etc. O diagnóstico complementar específico, de cada patologia, além da dosagem da ferritina, fecha o diagnóstico.

Pedir exames com o nível de ferritina sérica é de fundamental importância quando existe a suspeita de um descontrole do nível de ferro no corpo, como no caso de uma anemia ferropriva. Essa proteína é produzida no fígado e serve como carreadora do ferro, então se existe uma varição do nível deste mineral haverá também uma variação do nível da ferritina.

Moacyr Neto
Lido

moacyr neto escreveu:

Pedir exames com o nível de ferritina sérica é de fundamental importância quando existe a suspeita de um descontrole do nível de ferro no corpo, como no caso de uma anemia ferropriva. Essa proteína é produzida no fígado e serve como carreadora do ferro, então se existe uma varição do nível deste mineral haverá também uma variação do nível da ferritina.

Professora, surgiram-me algumas dúvidas:
Por que a ferritina estaria em alta concentração no organismo diante de uma patologia hepática, como a cirrose? De início, pensei que a ferritina estaria diminuída, já que o fígado estaria prejudicado e é ele quem a produz.
Outra coisa, como foi descrito no tópico, há o aumento de ferritina diante de processos inflamatórios e até mesmo de câncer. Qual o intuito de aumentá-la nessa situação?

Lucas Campelo
Nessas doenças, há um aumento da resposta metabólica (quando imunocompetentes), como compensação diante da doença,
e o aumento da proteína que estoca o ferro (vital para Hb) é preventivo.
Isso ocorre principalmente nas infecções graves.
Nas hepatopatias, se graves, como cirroses terminais, pode haver, sim, uma diminuição.

Lucas Campelo escreveu:

Professora, surgiram-me algumas dúvidas:
Por que a ferritina estaria em alta concentração no organismo diante de uma patologia hepática, como a cirrose? De início, pensei que a ferritina estaria diminuída, já que o fígado estaria prejudicado e é ele quem a produz.
Outra coisa, como foi descrito no tópico, há o aumento de ferritina diante de processos inflamatórios e até mesmo de câncer. Qual o intuito de aumentá-la nessa situação?

Muito mais interessante do que discutir os efeitos causados pela falta de ferritina no organismo, é discutir como eles se expressam na pessoa com anemia. Excepcionalmente, eu estou com anemia ferropriva nesse momento. E seus sintomas são horríveis, principalmente quando se tem muita coisa para estudar: falta de concentração, lapsos de memórias, dores de cabeças que não passam com analgésicos, queda de rendimento na aprendizagem, dificuldade em fazer raciocínios, enfim é horrível, você simplesmente se sente um "tapado". Comecei a tomar suplementos e medicamentos para estafa mental. Espero que passe logo!

É passando por uma anemia ferropriva que percebo como o Ferro é importante para manter a homeostase do nosso organismo, mantendo os confortos físicos e mentais!

Ruan Vilar
Da dignidade em trocar conhecimentos e verdade, do que se vive, entre você, os colegas, e eu.
Sugiro que anexe os seus exames no CV (todo o histórico). Somaremos forças, conhecimentos, e bom coração
para colaborar com você.
Quanto a mim, estou à sua inteira disposição.

Ruan Vilar escreveu:

Muito mais interessante do que discutir os efeitos causados pela falta de ferritina no organismo, é discutir como eles se expressam na pessoa com anemia. Excepcionalmente, eu estou com anemia ferropriva nesse momento. E seus sintomas são horríveis, principalmente quando se tem muita coisa para estudar: falta de concentração, lapsos de memórias, dores de cabeças que não passam com analgésicos, queda de rendimento na aprendizagem, dificuldade em fazer raciocínios, enfim é horrível, você simplesmente se sente um "tapado". Comecei a tomar suplementos e medicamentos para estafa mental. Espero que passe logo!

É passando por uma anemia ferropriva que percebo como o Ferro é importante para manter a homeostase do nosso organismo, mantendo os confortos físicos e mentais!

Também já passei por esse problema, Ruan, e realmente passamos a valorizar mais o ferro depois de uma anemia!
É interessante notar que esse distúrbio alimentar é muito comum, principalmente na infância (afetando cerca de 40% das crianças brasileiras até 5 anos), daí a importância da medição dos níveis de ferritina sérica. Isso revela que o Brasil ainda tem muito a aprender no quesito educação alimentar!

Ok

Laíse Francielle escreveu:

Também já passei por esse problema, Ruan, e realmente passamos a valorizar mais o ferro depois de uma anemia!
É interessante notar que esse distúrbio alimentar é muito comum, principalmente na infância (afetando cerca de 40% das crianças brasileiras até 5 anos), daí a importância da medição dos níveis de ferritina sérica. Isso revela que o Brasil ainda tem muito a aprender no quesito educação alimentar!